Grupo Wagner abre centros de recrutamento em 42 cidades russas
O grupo mercenário tem sofrido duras perdas na luta pela conquista da cidade de Bakhmut, na zona este da Ucrânia.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O fundador do grupo mercenário Wagner anunciou, esta sexta-feira, a abertura de centros de recrutamento em 42 cidades russas, numa altura em que se demonstra algo preocupado quanto à escassez de combatentes presentes no seu exército e, também, nas forças russas no seu todo, reporta a Reuters.
Apesar disso, Yevgeny Prigozhin referiu, numa mensagem áudio citada pela mesma agência noticiosa, ter já agradecido ao governo de Moscovo por aquele que considerou ter sido um aumento "heroico" na produção de munições, para ajudar o esforço russo na Ucrânia.
"Apesar da colossal resistência das forças armadas ucranianas, vamos avançar. Apesar dos obstáculos que surgem a cada momento, vamos ultrapassar isto juntos", explicou ainda o líder do grupo mercenário, que tem sofrido duras perdas na luta pela conquista da cidade de Bakhmut, na zona este da Ucrânia.
Yevgeny Prigozhin explicou ainda, a este propósito, que os seus homens tinham sido "surpreendidos", no bom sentido, pelo facto de terem começado a receber entregas de munições rotuladas como tendo sido produzidas em 2023. Em causa estão provisões que, segundo as informações que detém de momento, são atualmente produzidas "em enormes quantidades", cobrindo assim "todas as necessidades" das forças que tem no terreno.
Porém, na mesma mensagem, o principal rosto do grupo Wagner pareceu contradizer-se: "Estou preocupado com a escassez de munições e cartuchos não só para a empresa militar privada Wagner, mas para todas as unidades do exército russo".
A guerra na Ucrânia, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, tirou já a vida a, pelo menos, 8.000 civis, com outros 13.000 a terem ficado feridos, segundo dão conta os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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