O início das discussões, que devem prolongar-se ao longo de 11 dias, ocorre no dia seguinte ao anúncio do restabelecimento das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita, que apoia o Governo iemenita na guerra contra os huthis, e o Irão, que apoia os rebeldes.
"Espero que as partes estejam prontas para iniciar discussões sérias [...] para chegar a um acordo com vista à libertação do maior número possível de detidos", disse o enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, num comunicado enviado hoje à imprensa.
Esta é a sétima reunião para implementar um acordo de troca de prisioneiros alcançado em Estocolmo há cinco anos, disse a ONU.
No âmbito do acordo, as partes concordaram em libertar "incondicionalmente e sem exceções" todos os prisioneiros, detidos, desaparecidos, pessoas detidas arbitrariamente e em prisão domiciliária e ainda vítimas de desaparecimentos forçados no contexto do conflito que dura desde 2014 no Iémen.
As reuniões realizadas no passado, mediadas pela ONU, já permitiram a libertação de prisioneiros de ambos os lados.
Em 2020, por exemplo, mais de 1.050 detidos foram libertados e regressaram às respetivas regiões ou países de origem.
Os Huthis assumiram o controlo da capital iemenita Sanaa no início de 2015, desencadeando, em março, a criação de uma coligação internacional liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos em apoio ao Governo.
Desde então, a guerra ceifou centenas de milhares de vidas e mergulhou o país, o já então mais pobre da Península Arábica, num das piores tragédias humanitárias do mundo.
Leia Também: Al-Qaeda confirma morte de um dos líderes em ataque de drone no Iémen