No discurso diário ao país, Zelensky fez um balanço dos combates em Bakhmut, cidade localizada no leste da Ucrânia, onde decorre uma longa batalha há meses e na qual se registam elevadas baixas de ambas as partes.
No entanto, Zelensky afirmou que, desde 6 de março, só na zona de Bakhmut, morreram "mais de 1.100 soldados inimigos, que são perdas irreversíveis da Rússia", e mais de 1.500 militares foram feridos com gravidade.
De acordo com o presidente ucraniano, as forças de Kyiv destruíram mais de dez depósitos russos de munições e dezenas de unidades militares.
No sábado, o grupo de reflexão ('think tank') Instituto para o Estudo da Guerra, em Washington, Estados Unidos, revelou que as forças russas e os mercenários do Grupo Wagner, com ligações ao Kremlin, continuam a lançar ataques terrestres, mas sem sinais de avanço no terreno em Bakhmut.
Esta informação da organização norte-americana surgiu depois de fontes oficiais da Defesa britânica terem referido que os operacionais do Grupo Wagner já tinham tomado grande parte da zona leste de Bakhmut, com o rio Bakhmutka a marcar agora a linha da frente dos combates.
A batalha que dura há seis meses pela cidade ucraniana de Bakhmut, na região de Donetsk, tem sido a mais longa e sangrenta luta da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Para o Kremlin, capturar Bakhmut é essencial para alcançar o seu objetivo declarado de assumir o controlo total de Donetsk, uma das quatro regiões ucranianas que Moscovo anexou ilegalmente em setembro.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes envolvidas no conflito não podem ser confirmadas de imediato de forma independente.
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