Uma embarcação semissubmersível de fabricação caseira acaba de surgir na ria de Arousa, revelam os meios locais.
O narcossubmarino, o segundo localizado na Galiza depois do que se afundou na ria de Aldán, em novembro de 2019, continua à deriva a uma milha da costa de Vilaxoán, em Vilagarcía, avança o La Voz de Galizia.
A Guarda Civil assumiu a investigação e um barco patrulha está no local, sem que se tenha verificado, até agora, se a há mercadoria no veículo subaquático ou se esta já foi descarregada.
Também não há registros sobre a tripulação. O que se confirmou, refere o mesmo meio, é que o aparecimento do batiscafo está diretamente relacionado com os dois planadores foram recentemente encontrados encalhados numa praia da Ribeira.
Foi um marinheiro quem deu o alarme sobre a presença do aparelho. O homem estava a pescar quando avistou um objeto estranho na água. Aproximando-se, observou que se tratava de uma pequena parte de um barco, possivelmente a ponta da proa, cujo corpo central permanecia debaixo de água. O aspecto da embarcação indica que, tal como o narcossubmarino Aldán, o primeiro capturado em águas europeias após a travessia do Atlântico, o veículo podia navegar a uma distância da superfície para evitar ser detectado e atravessar grandes distâncias com grandes volumes de mercadorias, provavelmente cocaína.
À operação, que decorrerá até ao anoitecer, juntaram-se o Serviço de Vigilância Aduaneira, que dispõe de drones subaquáticos.
Segundo a BBC, a tradição dos narcossubmarinos começou na Colômbia na década de 1990, pelas mãos de ex-soldados e engenheiros da antiga União Soviética. O precursor foi Pablo Escobar, traficante colombiano que nunca escondeu o fato de que havia dois desses submarinos na sua frota marítima.
Leia Também: Uso recreativo legal de canábis aumenta consumo sem reduzir criminalidade