Oito anos de prisão por ter inventado violação e rede de tráfico humano

Na sentença, o juiz Altham disse que as suas alegações eram "totalmente fictícias" e criticou a jovem por não mostrar "nenhum sinal significativo de remorso".

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Notícias ao Minuto
14/03/2023 23:39 ‧ 14/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Eleanor Williams

Uma mulher foi condenada a oito anos e meio de prisão, em Inglaterra, depois de ser considerada culpada de mentir sobre ter sido violada e traficada por um gangue asiático. Fez ainda falsas acusações de violação contra uma série de outros homens.

Segundo o The Guardian, Eleanor Williams, de 22 anos, fez uma publicação no Facebook, em maio de 2020, com fotos de si mesma coberta de hematomas chocantes, com um olho roxo e um dedo parcialmente amputado. Alegava ter sido espancada e forçada a participar de "festas de sexo" por homens asiáticos "malvados, mas inteligentes", a maioria empresários paquistaneses.

A história conquistou a simpatia e solidariedade da comunidade da cidade de Barrow, no norte de Inglaterra, que se uniu para conseguir justiça para a Ellie num movimento com mais de 100 mil membros no Facebook.

A polícia do condado de Cúmbria registou 151 crimes relacionados com o caso em 2020, incluindo queixas de assédio, bem como danos materiais e ofensas à ordem pública. 

Mas Eleanor acabou por ser descoberta pelas autoridades britânicas. Durante as diligências, a polícia teve conhecimento de que esta não era a primeira vez que a britânica inventava ter sido vítima de crimes. Ao longo dos anos, Eleanor acusou vários homens de a violarem e chegou mesmo a garantir que um empresário de renome em Barrow-in-Furness a tinha "manipulado", desde os 12 anos, para trabalhar como prostituta em Amesterdão. Quanto às lesões, infligiu-as a si própria. Até o o dedo parcialmente amputado. 

Numa carta ao juiz, Williams manteve a sua inocência, mas disse que estava arrependida e "arrasada" com o impacto que teve a sua publicação na rede social Facebook. 

Na sentença, o juiz Altham disse que as suas alegações eram "totalmente fictícias" e criticou a jovem por não mostrar "nenhum sinal significativo de remorso".

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