Os dois países estão a realizar missões conjuntas de policiamento no espaço aéreo da Estónia, como parte dos esforços da NATO para reforçar a segurança do seu flanco leste em resposta à Rússia.
Os aviões de caça Typhoon responderam na terça-feira depois de uma aeronave de reabastecimento russa ter falhado na comunicação com o controlo de tráfego aéreo da Estónia, precisou o ministério britânico.
O avião russo não entrou no espaço aéreo da Estónia, Estado-membro da NATO.
A Alemanha e o Reino Unido integram a missão da NATO de policiamento aéreo do Báltico até ao final de abril.
"Foi ótimo ver os elementos do Reino Unido e da Alemanha a operar como uma equipa", afirmou o comandante Scott Maccoll, da força aérea britânica.
"Esta missão conjunta do Reino Unido e da Alemanha demonstra claramente a nossa determinação coletiva de desafiar qualquer potencial ameaça às fronteiras da NATO, demonstrando a nossa força combinada", afirmou, por sua vez, o ministro das Forças Armadas do Reino Unido, James Heappey.
Estas interceções são rotineiras - mesmo antes de a Rússia ter invadido a Ucrânia em fevereiro do ano passado -, com os aviões da NATO a estarem envolvidos em cerca de 400 interceções por ano envolvendo aparelhos russos.
Mas este novo incidente surge num contexto de grande tensão depois da colisão de um avião de combate russo com um 'drone' (aparelho aéreo não tripulado) norte-americano que se autodestruiu no Mar Negro, na terça-feira.
Washington e Moscovo apresentaram versões diferentes do que aconteceu.
Os Estados Unidos afirmaram que o avião russo atingiu uma hélice do 'drone', enquanto a Rússia defendeu que o aparelho caiu depois de uma "manobra brusca".
"O incidente com o 'drone' americano MQ-9 Reaper, causado pela Rússia no Mar Negro é um sinal de [que o Presidente russo, Vladimir], Putin está pronto para expandir a zona de conflito e envolver outras partes", afirmou o secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Oleksiy Danilov, numa mensagem hoje divulgada através da rede social Twitter.
Foi a primeira vez, desde a Guerra Fria, que uma aeronave dos Estados Unidos foi derrubada após um encontro com um avião de guerra russo, situação que realçou o risco de confronto entre a Rússia e o Ocidente no contexto da guerra em curso na Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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