Guiné. Ministro chega atrasado a cerimónia porque estava a operar criança
O ministro da Saúde Pública guineense explicou à Lusa que se atrasou hoje, em cerca de hora e meia, para uma cerimónia pública por ter sido chamado "às pressas" para uma intervenção cirúrgica num hospital onde é cirurgião pediátrico.
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Mundo Guiné-Bissau
Médico formado em Itália, Dionísio Cumbà é um dos poucos cirurgiões na Guiné-Bissau e, de vez em quando, é "forçado" a abandonar reuniões oficiais para acudir casos de urgência no hospital pediátrico de Bôr, ligado à Igreja Católica.
Mesmo tendo deixado de exercer as funções de diretor clínico do hospital pediátrico de Bôr, quando foi nomeado ministro da Saúde, em maio de 2021, Cumbà continuou a ter que atender crianças que necessitam de intervenções cirúrgicas, procedimento não usual nos hospitais guineenses devido à falta de técnicos.
Os convidados nacionais e internacionais tiveram que esperar por mais de hora e meia para que o ministro aparecesse no largo da Câmara Municipal de Bissau, diante do Ministério da Saúde Pública para dar início às cerimónias de lançamento de uma campanha simultânea de vacinação.
Ao chegar ao local, em passos de corrida, Dionísio Cumbà teve que se desculpar perante o aparente incómodo dos convidados que o aguardavam num palanque montado.
Questionado pela Lusa sobre o seu atraso, o ministro explicou que se deveu a uma intervenção cirúrgica a uma criança.
"Infelizmente cheguei atrasado. Tendo estas duas vestes, de ministro e de cirurgião, às vezes as coisas coincidem. Uma criança foi levada ao bloco operatório de urgência com uma estenose esofágica, após ter sido operada em Espanha", afirmou Dionísio Cumbà.
A criança, entretanto, regressada ao país, estava com dificuldades para se alimentar e a equipa liderada por Cumbà teve de intervir cirurgicamente para colocar uma sonda gástrica no estômago do paciente de 7 anos.
"Houve sim muito trabalho a fazer, porque havia muitas aderências, tivemos de libertar tubos para poder encontrar o estômago e colocar a sonda para que pudesse alimentar. Correu tudo bem. A criança tem de voltar para Espanha para outros procedimentos", acrescentou Cumbà.
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