Incêndios na reserva Yanomami caíram 62% com a expulsão dos mineiros
O número de incêndios na terra indígena Yanomami, a maior reserva brasileira, diminuiu 62% nos dois primeiros meses deste ano, comparando com 2022, coincidindo com a operação de expulsão dos mineiros ilegais que exploravam a reserva na Amazónia.
© Lusa
Mundo Brasil
A diminuição do número de focos de incêndio em áreas florestais na reserva Yanomami nos dois primeiros meses deste ano é registada no Monitor de Incêndios, divulgado hoje pelo Instituto de Investigação Ambiental da Amazónia (Ipam), que atribuiu a melhoria da situação à expulsão dos mineiros.
Uma das primeiras medidas tomadas pelo Governo do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse em 01 de janeiro, foi declarar emergência sanitária na reserva Yanomami devido ao elevado número de mortes e hospitalizações de indígenas devido à malária e desnutrição, uma tragédia atribuída à exploração ilegal de minas.
A decisão foi seguida de uma operação policial e militar para remover os cerca de 20.000 mineiros ilegais que tinham invadido a reserva, o que até agora resultou na destruição de 200 campos e na apreensão de 84 barcos e dois aviões.
"A redução dos focos de incêndio na terra indígena Yanomami é a prova de que a presença do Estado na região é essencial para proteger os seus territórios", disse a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, citada no comunicado do Ipam.
Segundo a ministra, uma ação firme do Estado, com presença policial, é necessária para garantir a segurança dos povos indígenas e dos seus territórios.
A diretora científica do Ipam, Ane Alencar, disse que os incêndios foram reduzidos na reserva, apesar de Roraima, um estado amazónico que faz fronteira com a Venezuela e lar dos Yanomami, ter sido o mais afetado pelos incêndios no Brasil nos dois primeiros meses do ano.
Os incêndios também foram reduzidos em Roraima, mas numa percentagem menor (44%) do que na reserva e apesar de o fogo ter destruído 259.000 hectares de floresta nesse estado nos dois primeiros meses do ano, o equivalente a 48% da área total destruída no Brasil.
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