O norueguês Jens Stoltenberg falava durante a reunião virtual do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, conhecido como formato Ramstein, hoje convocada pelo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin.
"Stoltenberg sublinhou que o trabalho em curso para aumentar a produção industrial de defesa da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) é essencial para garantir a nossa própria capacidade de defesa e dissuasão, bem como para fornecer apoio à Ucrânia durante o tempo que for necessário", indicou a Aliança Atlântica num comunicado.
A organização acrescentou que o secretário-geral deu ao Grupo de Contacto nova informação sobre os "esforços da NATO e dos aliados para fornecer com rapidez à Ucrânia meios fundamentais, incluindo mais sistemas de defesa antiaérea, mais veículos blindados e mais munições".
Nas últimas semanas, tanto a NATO como a União Europeia (UE) enfatizaram, em particular, a importância de fornecer a Kiev mais munições, para que as suas forças possam repelir as tropas russas.
De acordo com a NATO, o debate na reunião virtual de hoje centrou-se na "importância de manter e aumentar o apoio à Ucrânia enquanto o país continua a resistir à brutal guerra de agressão da Rússia".
Entretanto, a indústria de defesa alemã afirmou hoje que está preparada para aumentar a sua produção, inclusive dos tipos de armas e munições de que a Ucrânia necessita, mas que precisa de esclarecimentos sobre aquilo que os Governos querem antes de investir num aumento da sua capacidade de produção.
A Ucrânia tornou-se a terceira maior importadora de armas do mundo em 2022, depois de a sua invasão pela Rússia, a 24 de fevereiro de 2022, ter desencadeado um grande afluxo de ajuda militar a Kiev por parte dos Estados Unidos e da Europa, segundo o 'think tank' (grupo de análise) sueco SIPRI.
Algumas dessas armas foram transferidas dos 'stocks' de armamento militar ocidentais para a Ucrânia, ao mesmo tempo que Kiev também adquiria equipamento com o seu próprio dinheiro ou fundos fornecidos pelos aliados.
Mas o ritmo a que a Ucrânia está a gastar munições tem levantado preocupações quanto aos limites da capacidade das empresas de defesa ocidentais, enquanto estas tentam reabastecer tanto os militares ucranianos como a Aliança Atlântica.
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