O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, congratulou-se, esta sexta-feira, com o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o presidente russo, Vladimir Putin, falando de uma "decisão histórica", pela qual se mostrou "grato".
"O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Putin. Uma decisão histórica, da qual partirá a responsabilidade histórica", começou por dizer o chefe de Estado ucraniano, numa publicação divulgada nas redes sociais.
Zelensky notou que o chefe do "Estado terrorista", Vladimir Putin, e Maria Lvova-Belova, comissária para os Direitos da Criança no gabinete do presidente da Federação Russa, se tornaram "oficialmente suspeitos de um crime de guerra" - com a deportação de "milhares" de crianças ucranianas para o território russo.
"Seria impossível realizar tal operação criminosa sem a ordem do principal líder do Estado terrorista. Separar as crianças das suas famílias, privá-las de qualquer oportunidade de entrar em contacto com seus parentes, esconder crianças em território russo, espalhá-las em regiões remotas - tudo isto é obviamente política do Estado russo, decisões do Estado, maldade do Estado. Que começa justamente com o primeiro oficial deste Estado", disse, numa referência a Vladimir Putin.
Desta forma, Zelensky disse ser "grato" ao procurador-geral do TPI, Karim Khan, ao próprio tribunal e a todos aquele que estão a ajudar a Ucrânia "a lutar por justiça".
Sublinhe-se que o TPI anunciou hoje que foi emitido um mandado de captura contra Vladimir Putin, acusando-o de crimes de guerra na Ucrânia. Também é visada a comissária dos direitos das crianças para a presidência russa, Maria Alekseyevna Lvova-Belova.
O TPI referiu, em comunicado, que o chefe de Estado da Rússia é "alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (infantil) e da transferência ilegal de população (infantil) a partir de zonas ocupadas na Ucrânia para a Federação Russa".
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