"O acordo que foi alcançado tem em vista uma troca" de prisioneiros, libertando "um total de mais de 880 pessoas", disse o chefe da delegação dos houthis em Genebra, Abdul Qader al-Murtada, citado hoje pela Al-Masirah.
Segundo o mesmo canal de televisão, o acordo prevê a libertação de 181 pessoas que se encontram nas prisões dos rebeldes, entre as quais cidadãos "sauditas e sudaneses", e 706 rebeldes Huthis.
"A troca de prisioneiros vai decorrer dentro de três semanas", indica a mesma fonte.
As negociações entre os representantes do Governo do Iémen e os Huthis começaram no passado dia 11 de março, em Genebra, sob a égide das Nações Unidas.
Tratou-se da sétima ronda de discussões que visavam a concretização do primeiro acordo sobre a troca de prisioneiros estabelecido inicialmente em Estocolmo, há cinco anos.
Na altura, as duas partes concordaram em "libertar todos os prisioneiros, detidos" e detetar pessoas desaparecidas desde o início da guerra, em 2014, no Iémen.
Os contactos de Genebra ocorrem num contexto marcado "pelo clima de reconciliação" entre a Arábia Saudita, que apoia as forças governamentais (sunitas) na guerra contra os Huthis (minoria zaidita xiita), apoiados pelo Irão.
Para as Nações Unidas, o conflito no Iémen provocou a maior crise humanitária do século XXI, com situações de fome a níveis sem precedentes.
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