As Nações Unidas enfatizaram a urgência da luta contra o racismo, no ano que assinala os 75 anos da adoção da declaração universal dos direitos humanos.
Filippo Grandi, o alto comissário para os refugiados, afirmou em comunicado que "frequentemente, o racismo e a discriminação racial são também razões subjacentes pelas quais os refugiados não conseguem procurar ou desfrutar de segurança quando estão deslocados".
"Devemos denunciar e condenar retóricas tóxicas e políticas de asilo restritivas que não só assombram os refugiados nas suas jornadas para a segurança, mas também os deixam sem direitos ou dignidade", acrescentou.
Grandi destacou a importância de combater os estereótipos que levam à exclusão, através da luta contra a "desinformação e discursos xenófobos" que dificultam a segurança e integração dos refugiados.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, assinalou também o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, numa mensagem publicada pela organização.
Guterres afirmou que o racismo é um "abuso profundamente prejudicial e generalizado dos direitos humanos e da dignidade humana que afeta todos os países".
O secretário-geral advertiu para o aumento do racismo, xenofobia e discurso de ódio em todo o mundo, destacando que é necessário "resistir e reverter" os ataques de direitos humanos e condenar todas as formas de discriminação racial.
O número de pessoas que tiveram de deixar as suas casas devido a perseguições, guerras e violações de direitos humanos ultrapassou, em 2022, os 100 milhões.
O Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial assinala-se, anualmente, a 21 de março. Este dia foi estabelecido pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em outubro de 1966.
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