Sete países da NATO atingiram, em 2022, o objetivo de consagrar 2% do respetivo PIB a despesas em matérias de defesa, segundo avançou hoje o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, aqui citado pela Reuters. Ou seja, face ao ano passado, menos um país cumpriu esse requisito.
A informação foi avançada por Stoltenberg numa conferência de imprensa na sede da NATO, em Bruxelas, em que dá conta de que a aliança esperava, inicialmente, que mais dois países conseguissem atingir a meta - urgindo, assim, quem não o fez a investir mais rapidamente nesse setor.
"Mas porque o PIB aumentou mais do que o esperado no caso de dois dos nossos aliados, ambos, que esperávamos que atingissem os 2% (em despesa na Defesa) estão agora um pouco abaixo dos 2", explicou.
O secretário-geral da Aliança Atlântica não revelou que países atingiram, efetivamente, esse objetivo, ainda que tenha feito esta referência com base no relatório anual da NATO, que vai ser publicado ainda hoje.
No contexto destas declarações, Stoltenberg pediu ainda aos países aliados para aumentarem o investimento em matéria de Defesa com maior vigor. "Não há dúvida de que precisamos de fazer mais, e mais rapidamente. O nosso ritmo em matéria de aumento nos gastos com Despesa não é suficiente", apontou.
E acrescentou: "Num mundo mais perigoso, temos de investir mais em Defesa".
Recorde-se que, no contexto de uma conferência de líderes da NATO em 2014, os países acordaram em trabalhar no sentido de passarem a gastar, pelo menos, 2% do PIB em questões de Defesa, no prazo de uma década - uma preocupação cada vez mais urgente num contexto que fica marcado pela ocorrência de uma guerra no leste europeu.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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