Governo do Quénia acusa Odinga de tentar derrubar o presidente eleito

O Governo do Quénia acusou hoje o líder da oposição, o antigo primeiro-ministro Raila Odinga, de tentar "derrubar" o Presidente William Ruto nos protestos de segunda-feira, e pediu às missões diplomáticas em Nairobi que apoiem possíveis sanções.

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Lusa
22/03/2023 14:28 ‧ 22/03/2023 por Lusa

Mundo

Raila Odinga

"Odinga convocou protestos em todo o país com o objetivo central de fazer com que os seus partidários marchassem até à sede da presidência, a Casa do Estado, derrubassem o Presidente constitucionalmente eleito da República do Quénia e o levassem a ele ao lugar de Presidente", disse o Governo através de uma carta com carimbo do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"O Governo insta a comunidade internacional a prestar atenção e a apoiar as sanções aplicadas por qualquer conduta adversa à paz e à segurança do país", acrescenta o documento.

Odinga não aceita o resultado das eleições presidenciais de 9 de agosto, apesar de o Supremo Tribunal do Quénia ter rejeitado o seu recurso contra o triunfo de Ruto, de 56 anos, com 50,49% dos votos, segundo dados da Comissão Eleitoral Independente.

O ex-primeiro-ministro, de 78 anos, que concorria à presidência pela quinta vez, obteve 48,85% dos votos e apontou irregularidades durante a contagem dos votos.

A carta do ministério, dirigida a todas as missões diplomáticas, agências das Nações Unidas e organizações internacionais sediadas em Nairobi, defende as ações da polícia, que usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.

"Os agentes de segurança impediram os manifestantes de aceder ao distrito comercial central [centro de Nairobi] e à Casa do Estado devido à natureza flagrante e altamente provocatória da manifestação, mas também porque os organizadores não enviaram à polícia detalhes específicos sobre o protesto", acrescentou.

Odinga convocou a população a protestar no dia 20, apesar de a polícia ter proibido mobilizações para garantir a segurança pública e Ruto.

Pelo menos uma pessoa foi morta nesses protestos, que ocorreram em várias partes do país, levaram à detenção de 238 manifestantes e deixaram 24 polícias feridos.

Leia Também: Polícia Nacional do Quénia proíbe marcha da oposição

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