'Don't Say Gay'. Ex-congressista autor de lei polémica culpado por fraude
O ex-congressista republicano na Florida, Joseph Harding, autor da polémica lei popularmente conhecida como 'Don't Say Gay' ('Não diga gay', em português), declarou-se culpado de fraude superior a 150.000 dólares ao governo dos Estados Unidos.
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Mundo Joseph Harding
O republicano, de 35 anos, renunciou ao cargo em dezembro após ter sido formalizada contra si uma acusação federal.
Na terça-feira, Joseph Harding declarou-se culpado de "fraude eletrónica, lavagem de dinheiro e declarações falsas", segundo anunciou o gabinete do procurador federal o Distrito Norte da Florida, citado pela agência Efe.
Harding, cuja audiência de sentença está marcada para 25 de julho, pode ser condenado até 35 anos de prisão pelas acusações que enfrenta, de acordo com os procuradores federais.
Segundo documentos judiciais, o ex-congressista obteve 150 mil dólares (cerca de 140 mil euros) em empréstimos da Administração de Pequenas Empresas (SBA, na sigla em inglês) do Governo dos EUA, relacionados com um programa de ajuda a empresas devido à pandemia de covid-19.
O republicano agiu, de acordo com a acusação, "através de reivindicações, representações e promessas materialmente falsas e fraudulentas", além de utilizar uma das suas "entidades comerciais inativas".
"Através dessa conduta, Harding obteve de forma fraudulenta 150.000 dólares em fundos de ajuda para a covid-19 da SBA, aos quais não tinha direito", sustentou o gabinete do procurador federal.
O republicano, autor da já polémica lei que proíbe professores de discutir orientação sexual e identidade de género até a terceira grau de ensino, foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Representantes da Florida em 2020.
A lei em causa determina que não é permitida a instrução em sala de aula, por funcionários da escola ou por terceiros, sobre orientação sexual ou identidade de género, aplicando-se aos estabelecimentos de ensino desde o jardim de infância até ao terceiro ciclo.
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