Neozelandês de 38 anos morreu na Ucrânia. "Tinha um coração enorme"

O combatente é o terceiro neozelandês conhecido por ter morrido na Ucrânia.

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Notícias ao Minuto
23/03/2023 10:43 ‧ 23/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Kane Te Tai, de 38 anos, um antigo soldado da Nova Zelândia, morreu em combate na linha da frente de guerra na Ucrânia. A informação foi avançada pela autoridades ucranianas e confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia, esta quinta-feira, citado pela página Area Militar Of.

Te Tai, que lutou com a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, é o terceiro neozelandês conhecido por ter morrido na Ucrânia. Para muitos na Nova Zelândia, Te Tai era o rosto do envolvimento não oficial do país na guerra da Ucrânia.

O combatente arrecadou fundos para equipamentos e deu entrevistas antes de deixar a Nova Zelândia em maio de 2022. Durante o tempo que teve na Ucrânia, foi relatando no Instagram e Facebook as amizades que conseguiu, as batalhas que travou e como era vida quotidiana na Ucrânia.

No início deste mês, registou o momento em que se reencontrou inesperadamente com um amigo ucraniano que tinha sido mantido refém durante meses pelas tropas russas, e a quem Te Tai reconheceu quando o homem começou a gritar: "Nova Zelândia! Nova Zelândia!". 

Foi também entrevistado, o mês passado, para uma reportagem da CNN sobre o seu grupo - Turtle - ao qual lhe foi confiada a liderança. A reportagem mostrava o grupo a treinar novos recrutas perto da cidade de Vuhledar, junto à linha da frente.

"Tinha um coração enorme e adorava ajudar as pessoas", referiu o seu amigo Aaron Wood, ao The Guardian, referindo que Te Tai ajudou vários veteranos da Nova Zelândia a conseguir apoio na saúde mental nos últimos cinco anos.

Vários soldados da Nova Zelândia foram para o Reino Unido como voluntários para treinar tropas ucranianas, mas o país não tem presença militar na Ucrânia.

Pelo menos oito britânicos, sete americanos e quatro georgianos estão entre os mortos da guerra na Ucrânia, que começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

 A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Forças ucranianas vão libertar brevemente Bakhmut, diz oficial

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