"Eu enxerguei a necessidade de desenvolver uma indústria de defesa no Brasil porque, em todos os países do mundo, essa indústria contribui para a economia como um todo, além de preparar de forma mais sofisticada, com muito conhecimento científico e tecnológico as nossas Forças Armadas e o próprio país", disse Luís Inácio Lula da Silva, citado no 'site' do Partido dos Trabalhadores.
O chefe de Estado falava no estado Rio de Janeiro, no Complexo Naval de Itaguaí, onde o Brasil está a construir cinco submarinos, o mais recente dos quais movido a energia nuclear.
O Presidente brasileiro afirmou que o seu Governo fornecerá os recursos necessários para a continuação dos projetos da indústria militar e explicou que, no caso de as dotações orçamentais não serem suficientes, procurará fundos para as financiar ou parcerias com a iniciativa privada.
Entre os ambiciosos projetos que o Brasil está a desenvolver, a maioria dos quais foram lançados durante o primeiro mandato de Lula da Silva (2003-2010), estão a construção de submarinos, o fabrico de caças Gripen no país, e a produção e exportação do avião de carga militar KC-390.
Dos 40 mil milhões de reais (7,5 mil milhões de euros) do custo do projeto, cerca de 62,5% já foram alocados, segundo o contra-almirante Luiz Roberto Cavalcante Valicente, conselheiro principal do Programa de Desenvolvimento Submarino (ProSub).
O chefe de Estado brasileiro defendeu os programas de defesa após visitar o submarino "Humaitá" na base naval de Itaguaí, na costa sul do estado do Rio de Janeiro, o segundo dos cinco que o Brasil planeia construir ao abrigo de um acordo de cooperação militar com a França e que está pronto para entrar em funcionamento ainda este ano, após ter passado com sucesso nos testes de submersão.
O programa de cooperação com a França permitiu também a construção de uma infraestrutura industrial e de um complexo de apoio às operações submarinas, que inclui um estaleiro naval, uma base naval e uma unidade fabril de estruturas metálicas em Itaguaí.
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