Os dados são correspondentes ao período entre 01 de outubro de 2022 e 21 de março de 2023, indicou Filipe Nyusi, durante o discurso de abertura da sessão do Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, que decorre entre hoje e sábado na Matola.
Além dos óbitos, segundo o chefe de Estado moçambicano, pelo menos 210 mil famílias foram afetadas pelas intempéries durante o período, que inclui a passagem do ciclone tropical Freddy.
Do total de vítimas mortais, pelo menos 165 perderam a vida em resultado da passagem do ciclone Freddy.
Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajetória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10.000 quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 04 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.
O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de fevereiro e regressou à ilha a 05 de março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300.000 pessoas afetadas.
Em Moçambique, o ciclone, que teve o seu primeiro impacto em 24 de fevereiro e voltou a tocar terra no final há duas semanas.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Freddy pode ter quebrado o recorde de duração do furacão John, que durou 31 dias em 1994, embora os peritos da instituição não confirmem este recorde até que o ciclone se tenha dissipado.
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