"O Kremlin tomou a Bielorrússia como refém nuclear", escreveu na rede social Twitter o secretário ucraniano do Conselho de Segurança, Oleksiy Danilov, acrescentando que esta decisão é um "passo para a desestabilização interna do país".
O anúncio do Presidente russo "maximiza o nível de percepção negativa e rejeição pública da Rússia e do sr. Putin na sociedade bielorrussa", acrescentou Danilov.
O chefe de Estado russo anunciou no sábado que a Rússia vai colocar armas nucleares táticas no território da Bielorrússia, país aliado e que tem servido de porta de entrada para a invasão da Ucrânia.
"Não há nada incomum nisso: os Estados Unidos fazem isso há décadas. Eles têm uma longa história de colocação das suas armas nucleares táticas no território dos seus aliados", disse o Presidente russo, durante uma entrevista transmitida pela televisão russa.
"Já ajudamos os nossos aliados bielorrussos. Já equipamos os seus aviões (...) sem violar os nossos compromissos internacionais de não proliferação de armas nucleares. Dez aviões estão prontos para utilizar esse tipo de armamento", acrescentou Putin.
A Bielorrússia não participa diretamente do conflito na Ucrânia, mas Moscovo usou o seu território na ofensiva contra Kyiv no ano passado ou para realizar ataques, segundo as autoridades ucranianas.
Para Putin, esta decisão foi motivada pelo desejo de Londres de enviar munições de urânio empobrecido para a Ucrânia, como foi recentemente anunciado por uma fonte oficial britânica.
O Presidente russo ameaçou também usar este tipo de munições se Kiev as vier a receber.
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