Segundo o portal do Governo ucraniano, esses fundos chegarão a Kiev através do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, e serão destinados para pagar a médicos, aposentados, deslocados e para ajudar famílias de baixos rendimentos.
"Deve-se notar que, desde o início do ano, a Ucrânia recebeu quase cinco mil milhões de dólares [mais de 4,6 mil milhões de euros] de apoio da União Europeia (UE), e mais de dois mil milhões de dólares [mais de 1,8 mil milhões de euros] de ajuda dos Estados Unidos", destacou o executivo ucraniano.
Além do apoio económico confirmado dos Estados Unidos, Denis Shmyhal sublinhou que outras organizações e potências europeias têm colaborado financeiramente com as autoridades ucranianas.
A administração norte-americana de Joe Biden prometeu enviar até 9.900 milhões de dólares (mais de 9.100 milhões de euros) à Ucrânia para apoiar a economia nacional, independentemente da assistência militar que Washington possa fornecer às Forças Armadas ucranianas, segundo a CNN.
A Ucrânia estima um défice orçamental superior a 33,2 mil milhões de euros para 2023, sendo que quase todas as receitas recebidas pelo Governo serão utilizadas para melhorar as capacidades militares e de armamento, face à ofensiva russa no país.
"Temos um acordo sobre um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Recebemos assistência financeira da Grã-Bretanha, Banco Mundial, Alemanha, Espanha, Finlândia, Irlanda, Suíça, Bélgica, Islândia e Estónia. A Noruega ampliou o programa de pagamentos para 50.000 ucranianos que enfrentam difíceis condições de vida e sofreram com a agressão russa", disse ainda o chefe do Governo.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.401 civis mortos e 14.023 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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