Numa breve declaração transmitida pelo porta-voz, o diplomata português apresentou também as condolências às famílias e entes queridos dos falecidos.
O porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, insistiu no compromisso da Organização das Nações Unidas (ONu) de trabalhar com as autoridades dos países onde ocorrem os movimentos migratórios "para estabelecer rotas mais seguras, regulamentadas e organizadas".
O governo mexicano elevou hoje para 40 o número de migrantes mortos num incêndio numa estação do Instituto Nacional na cidade Juárez, na fronteira com os Estados Unidos.
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, culpou um protesto de migrantes pelo incêndio.
"Isto teve a ver com um protesto que começaram, a partir, supomos, de que souberam que iam ser deportados, mobilizados, e como protesto colocaram tapetes à porta do abrigo e incendiaram-nos", declarou.
A presença de migrantes na área aumentou este ano, desde que os Estados Unidos anunciaram novas medidas, incluindo a deportação imediata de migrantes do Haiti, Venezuela, Nicarágua e Cuba, que chegam por terra.
O governo mexicano também enfrentou críticas de organizações de direitos humanos por aceitar as políticas dos Estados Unidos e enviar para tarefas de imigração nas fronteiras mais de 20 mil elementos das Forças Armadas.
Segundo organizações civis mexicanas, 2022 foi o ano mais trágico para os migrantes no México, com cerca de 900 mortos que tentaram sair sem documentos do país para os Estados Unidos.
A região vive um fluxo migratório recorde, com 2,76 milhões de imigrantes indocumentados detidos na fronteira EUA-México no ano fiscal de 2022.
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