ONU pede investigação completa sobre morte de migrantes no México

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, mostrou-se hoje "profundamente triste" pela morte de 40 migrantes num incêndio num abrigo na cidade mexicana de Juárez e apelou a uma investigação aprofundada sobre o sucedido.

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Lusa
28/03/2023 23:52 ‧ 28/03/2023 por Lusa

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Numa breve declaração transmitida pelo porta-voz, o diplomata português apresentou também as condolências às famílias e entes queridos dos falecidos.

O porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, insistiu no compromisso da Organização das Nações Unidas (ONu) de trabalhar com as autoridades dos países onde ocorrem os movimentos migratórios "para estabelecer rotas mais seguras, regulamentadas e organizadas".

O governo mexicano elevou hoje para 40 o número de migrantes mortos num incêndio numa estação do Instituto Nacional na cidade Juárez, na fronteira com os Estados Unidos.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, culpou um protesto de migrantes pelo incêndio.

"Isto teve a ver com um protesto que começaram, a partir, supomos, de que souberam que iam ser deportados, mobilizados, e como protesto colocaram tapetes à porta do abrigo e incendiaram-nos", declarou.

A presença de migrantes na área aumentou este ano, desde que os Estados Unidos anunciaram novas medidas, incluindo a deportação imediata de migrantes do Haiti, Venezuela, Nicarágua e Cuba, que chegam por terra.

O governo mexicano também enfrentou críticas de organizações de direitos humanos por aceitar as políticas dos Estados Unidos e enviar para tarefas de imigração nas fronteiras mais de 20 mil elementos das Forças Armadas.

Segundo organizações civis mexicanas, 2022 foi o ano mais trágico para os migrantes no México, com cerca de 900 mortos que tentaram sair sem documentos do país para os Estados Unidos.

A região vive um fluxo migratório recorde, com 2,76 milhões de imigrantes indocumentados detidos na fronteira EUA-México no ano fiscal de 2022.

Leia Também: Incêndio no México matou 39 migrantes. Protesto estará na origem do fogo

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