Rússia adota nova estratégia. Ocidente visto como ameaça "existencial"

O anúncio surge numa altura em que a relação da Rússia com os países ocidentais continua a degradar-se, na sequência da proliferação da guerra em território ucraniano.

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Notícias ao Minuto
31/03/2023 15:24 ‧ 31/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, anunciou esta sexta-feira que o país vai adotar uma nova estratégia de política externa, na qual o Kremlin passa a ver o Ocidente como uma ameaça "existencial" para Moscovo, reporta a AFP.

O anúncio surge numa altura em que a relação da Rússia com os países ocidentais continua a degradar-se, na sequência da proliferação da guerra em território ucraniano.

"A natureza existencial das ameaças à segurança e desenvolvimento do nosso país, provocado pelas ações de estados hostis, é reconhecido" na política em causa, disse Sergei Lavrov, durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia, transmitido na televisão.

E acrescentou: "Os Estados Unidos da América são identificados diretamente como o principal instigador e promotor do sentimento anti-Rússia".

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros apontou ainda que a "política do Ocidente, de tentar enfraquecer a Rússia de todas as formas possíveis, caracteriza-se como uma guerra híbrida de todo um novo tipo".

Sobre o tema, o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, explicou que as atualizações da estratégica do país em matérias de política internacional foram necessárias devido a "mudanças radicais" existentes no mundo - anunciando, assim, formalmente a adoção das medidas que constam neste documento de 42 páginas.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Biden pede à Rússia para libertar jornalista do Wall Street Journal

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