Trump é acusado, e os EUA continuam divididos. O que dizem os políticos?

Donald Trump deverá entregar-se na terça-feira, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

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Notícias ao Minuto
31/03/2023 17:04 ‧ 31/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Donald Trump

Poucas horas depois de a justiça norte-americana ter acusado formalmente o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, num caso de envolve alegados subornos à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, as reações por parte de várias personalidades ligadas ao mundo da política têm vindo a surgir - tanto por parte de republicanos, como de democratas.

Todas estas reações surgem depois de o próprio, Trump, ter reagido à situação, cerca de uma hora depois de a informação ser conhecida. O empresário, que é o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar acusações criminais, considerou que o que se passava era uma "caça às bruxas" que ia "fazer ricochete" no seu sucessor, Joe Biden. 

Apesar da novidade da acusação, as reações corroboram a ideia de que os EUA estão divididos, uma ideia que tem vindo a caracterizar o país nas mais variadas situações ao longo do tempo. Enquanto os republicanos reforçam a ideia da "caça às bruxas" propagada por Trump - não só agora, mas também em relação a outras situações, como, por exemplo, quando foram descobertos documentos confidenciais na sua residência na Florida - os democratas sublinham que a lei é para ser cumprida por todos. 

A ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi emitiu um comunicado no qual explica isso mesmo. "O grande júri agiu perante os factos e a lei", começou por escrever na nota, na qual acrescenta: "Ninguém está acima da lei, e toda a gente tem o direito a um julgamento para provar a sua inocência. Espera-se que o antigo presidente respeite de forma pacífica o sistema, que lhe garante esse direito [de provar a sua inocência]".

Também o líder da maioria - democrata - do Senado, Chuck Schumer, apressou-se a reagir à acusação, que deverá ser conhecida nos próximos dias, de acordo com o New York Times. "Trump está sujeito às mesmas leis que qualquer americano. Poderá recorrer ao sistema legal e a um júri, não à política, para determinar o seu destino de acordo com os factos e a lei", escreveu numa nota. "Não deverá haver influência de política externa, intimidação ou interferência no caso. Encorajo tanto os críticos como os apoiantes de Trump a deixarem o processo prosseguir pacificamente e de acordo com a lei".«, rematou.

Já do lado dos republicanos, o governador da Florida, Ron DeSantis, que é potencialmente o maior rival de Trump na campanha eleitoral em 2024, recorreu à ideia de que está a existir uma perseguição política, uma questão defendida por Trump. "O procurador distrital de Manhattan, apoiado por [George] Soros, tem consistentemente distorcido a lei para rebaixar os crimes e para desculpar a má conduta criminal. No entanto, agora ele está a alongar a lei para atingir um adversário político", acusou DeSantis numa publicação partilhada no Twitter.

"O armamento do sistema legal para fazer avançar uma agenda política transforma o Estado de direito de pernas para o ar. É anti-americano.", escreveu também na nota.

Também a republicana Marjorie Taylor Greene demonstrou o seu apoio, recorrendo ao Twitter. "Vou até Nova Iorque na terça-feira. Temos de protestar contra esta caça às bruxas inconstitucional", escreveu na rede social, referindo-se ao dia que Donald Trump se deverá entregar às autoridades.

Leia Também: Acusação de Trump "é um ultraje", reage Mike Pence

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