Presidenciais? Campanha de Trump arrecadou 6,4 milhões desde acusação
A campanha de Donald Trump para as eleições presidenciais de 2024 arrecadou 7 milhões de dólares (cerca de 6,4 milhões de euros) desde a sua acusação na sexta-feira, adiantou hoje um dos assessores do republicano no Twitter.
© Reuters
Mundo EUA
A mensagem de Jason Miller foi publicada na conta oficial da campanha de Trump naquela rede social, que tem incentivado apoiantes do ex-Presidente e potencial candidato a fazer contribuições desde que um grande júri de Nova Iorque o indiciou no âmbito do caso do pagamento à atriz pornográfica Stormy Daniels.
Nas primeiras 24 horas após a indiciação, a campanha de Trump revelou que tinha arrecadado 4 milhões de dólares (cerca de 3,7 milhões de euros).
Trump, que qualificou a sua acusação como "perseguição política" e "interferência eleitoral", vangloriou-se este domingo de "nunca ter tido tanto apoio e amor como agora", algo que a campanha tenta demonstrar com a publicação de mensagens de apoio, sondagens que mostram subidas na sua popularidade e estes mais recentes número na recolha de fundos.
In only three days since news of the indictment, President @realDonaldTrump’s campaign has raised a record $7M.#MAGA 🇺🇸
— Jason Miller (@JasonMillerinDC) April 3, 2023
Mas o alegado fluxo económico de apoio a Trump contrasta com a escassa presença física de seus apoiantes em Miami, sob controlo republicano, onde reside e onde recebeu a notícia, bem como em Nova Iorque, reduto democrata onde chegou hoje, para comparecer perante o juiz esta terça-feira.
O ex-Presidente ficará hospedado na Trump Tower, a sua antiga residência em Manhattan, onde há várias semanas a polícia aumentou a sua presença e colocou cercas em ambos os lados da estrada.
Hoje, os seus apoiantes naquela zona podiam-se contar pelos dedos de uma mão, noticiou a agência Efe.
Membros do Partido Republicano de Nova Iorque convocaram um protesto em frente aos tribunais de Manhattan a partir das 12:00 de terça-feira (17:00 em Lisboa), no qual se espera a participação da congressista ultraconservadora Marjorie Taylor Greene, a quem o presidente da câmara da cidade pediu contenção.
"Num momento em que podem vir agitadores à nossa cidade na terça-feira, a nossa mensagem é clara e simples: mantenha o controlo", referiu Eric Adams durante uma breve conferência de imprensa com a chefe da polícia nova-iorquina, Keechant Sewell, que colocou todos os seus 35.000 agentes "em alerta" desde sexta-feira, antes da chegada de Trump à cidade.
Trump, que anunciou a sua terceira candidatura à Casa Branca em novembro, é o principal candidato à indicação do Partido Republicano para as presidenciais de 2024.
O magnata do imobiliário, nascido em Nova Iorque e onde prosperou em várias áreas de negócio, deve ser intimado na terça-feira a partir das 14:15 (19:15 em Lisboa) num processo-crime que ainda não foi tornado público.
Diante do juiz, Trump irá declarar-se "inocente" porque "não há crime", segundo a sua defesa.
Após comparecer perante o juiz e passar por um protocolo que incluirá a retirada de impressões digitais e fotografias, Donald Trump deverá então ser libertado enquanto se aguarda a organização do seu julgamento.
Esta que é a primeira acusação de um ex-presidente na história dos Estados Unidos da América (EUA) - quando Trump também é candidato à Casa Branca em 2024 - e acarretou grandes desafios de segurança, com as autoridades a prepararem-se para possíveis manifestações.
Ainda não são conhecidas as acusações que o ex-presidente Republicano enfrentará, mas alguns dos seus aliados mais fiéis saíram em sua defesa, como é o caso da congressista Marjorie Taylor Greene.
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