Adesão à NATO? "Não é dirigida contra ninguém", diz presidente finlandês
O presidente finlandês, Sauli Niinistö, salientou hoje que a pertença do seu país à NATO implica o fim da postura de não alinhamento militar, mas assegurou que a adesão "não é dirigida contra ninguém".
© Reuters
Mundo NATO
"A Finlândia é um país nórdico estável e previsível que procura a resolução pacífica de disputas. Os princípios e valores que são importantes para a Finlândia continuarão a guiar a nossa política externa no futuro", declarou o chefe de Estado.
Argumentou que pertencer à Aliança Atlântica proporciona segurança à Finlândia e que o país será um aliado de confiança para reforçar a estabilidade regional.
"Como país associado, há muito tempo que participamos ativamente nas atividades da NATO. No futuro, a Finlândia contribuirá para a dissuasão e para a defesa coletiva da NATO", afirmou, admitindo que há muito trabalho a fazer para integrar a Defesa finlandesa no sistema da NATO.
Para isso, defendeu, serão necessárias mudanças legislativas e a adoção de "novas formas de pensar".
Niinistö apontou que a contribuição finlandesa mais significativa para a NATO será defender o seu próprio território nacional, para o que agora contará com os outros membros.
A Finlândia tem a mais longa fronteira terrestre com a Rússia a seguir à Ucrânia: 1340 quilómetros.
O chefe de Estado garantiu que a Finlândia continuará com "esforços permanentes" para conseguir uma adesão rápida da Suécia à NATO, bloqueada pela Hungria e pela Turquia.
"A Finlândia pediu a adesão à NATO juntamente com a Suécia. A adesão da Finlândia não está completa sem a Suécia", afirmou.
A bandeira da Finlândia foi hoje hasteada no quartel-general da NATO, em Bruxelas, na Bélgica, simbolizando a adesão do país à Aliança Atlântica.
No quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) em Bruxelas há a partir de agora 31 bandeiras hasteadas, com a oficialização da Finlândia como o mais recente Estado-membro, no mesmo dia em que a organização político-militar comemora 74 anos de existência.
A curta cerimónia realizou-se depois da entrega da documentação que oficializa a conclusão do processo iniciado há menos de um ano, na altura em conjunto com a Suécia, mas que Helsínquia finalizou sozinha.
A Finlândia e a Suécia apresentaram oficialmente os seus pedidos de adesão à NATO em maio de 2022, poucos meses depois do início da ofensiva militar russa na Ucrânia, marcando o fim da sua tradicional política de não-alinhamento militar.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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