O Ministério da Defesa do Reino Unido, no seu relatório diário, dá conta de que, a 28 de março de 2023, "o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, disse que um movimento para emitir parte da dívida soberana da Rússia em moedas estrangeiras estava em desenvolvimento".
No Twitter, os britânicos argumentam que este movimento é "quase de certeza uma indicação de que a Rússia antecipa apoio financeiro externo de países que considera 'amigáveis'".
"Assim que a operação estiver concluída, os investidores de outros países poderão comprar a dívida soberana russa e, portanto, financiar alguns dos futuros déficits orçamentais da Rússia", sendo que "esses investidores estariam a financiar indiretamente a invasão da Ucrânia pela Rússia", lê-se ainda na nota informativa.
O Ministério da Defesa do Reino Unido alega que, "em meses recentes, os próprios bancos da Rússia foram as principais entidades a comprar dívida do Estado russo". Porém, "não deverão ter a capacidade de financiar por completo futuros déficits orçamentais".
Por isso, "oficiais russos provavelmente veem a emissão de dívida externa como uma forma de tapar buracos nas finanças da Rússia, planeando uma longa guerra na Ucrânia". O sucesso da implementação destas medidas, concluem os britânicos, mantém-se "incerto".
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 5 April 2023.
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) April 5, 2023
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