MNE do Irão e da Arábia Saudita reuniram-se em Pequim
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Irão e da Arábia Saudita reuniram-se hoje, em Pequim, no primeiro encontro formal entre os chefes da diplomacia dos dois países em sete anos.
© Getty Images
Mundo China
O encontro ocorreu um mês após os dois países terem concordado em restabelecer as relações diplomáticas, com a mediação da China.
Uma imagem divulgada pela televisão estatal chinesa CCTV mostra o ministro saudita, Faisal bin Farhan al Saud, e o seu homólogo iraniano, Hossein Amir Abdolahian, a apertarem as mãos. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Qang, surge no meio.
O ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano confirmou a reunião através da sua conta na rede social Twitter, publicando um par de fotografias, em que ambos aparecem sentados a conversar sorridentes.
Segundo a rede de televisão iraniana Press TV, os dois sublinharam durante o encontro a importância de restabelecerem relações diplomáticas, e discutiram os próximos passos para reabrir as respetivas embaixadas em Teerão e Riade.
A reunião confirma o que foi antecipado na véspera pelo jornal saudita Asharq Al-Awsat, que garantiu que os ministros iam reunir-se hoje, em Pequim, como parte do acordo alcançado no mês passado, com a mediação da China.
A diplomacia iraniana tinha avançado que os ministros falaram por telefone no domingo passado e que iam encontrar-se nos "próximos dias", sem especificar onde ou quando, para, entre outros assuntos, discutirem a reabertura das suas embaixadas.
Este foi um dos pontos do acordo assinado em 10 de março na China, que atua como mediadora entre as duas potências petrolíferas, que há anos disputam a hegemonia regional e apoiam lados rivais em conflitos na região.
A Arábia Saudita cortou relações diplomáticas com Teerão em 2016, após ataques à sua sede diplomática no país persa, na sequência da execução no reino árabe de um alto clérigo xiita.
Em abril de 2021, começaram as conversações secretas entre Teerão e Riade, em Bagdade, que mais tarde foram tornadas públicas.
O acordo foi visto como um triunfo para o presidente chinês, Xi Jinping, que reclama abertamente um papel maior para a China na resolução de questões internacionais.
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