Jerusalém. Hezbollah apoia medidas palestinianas contra Israel

O movimento islâmico pró-iraniano Hezbollah condenou hoje a violência da polícia israelita na Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém Oriental e manifestou apoio a "todas as medidas" tomadas por organizações palestinianas contra Israel.

Notícia

© Lusa

Lusa
06/04/2023 11:55 ‧ 06/04/2023 por Lusa

Mundo

Jerusalém

"O Hezbollah denuncia violentamente o assalto das forças de ocupação israelitas à esplanada da Mesquita Al-Aqsa e os seus ataques aos fiéis", disse o grupo xiita baseado no Líbano.

A polícia israelita entrou na mesquita na madrugada de quarta-feira para retirar cerca de 400 palestinianos que as autoridades de Israel dizem que se tinham barricado no templo com "fogo-de-artifício, paus e pedras".

Durante os confrontos, a polícia israelita deteve mais de 300 palestinianos.

"O Hezbollah proclama a sua total solidariedade com o povo palestiniano e os movimentos de resistência, e assegura-lhes que estará ao seu lado em todas as medidas que tomarem para proteger os fiéis e a Mesquita Al-Aqsa, e dissuadir o inimigo de continuar as suas agressões", acrescentou o movimento.

Os incidentes suscitaram condenação e preocupação a nível internacional, dado tratar-se do terceiro local mais sagrado do Islão, depois da Grande Mesquita de Meca e da Mesquita do Profeta de Medina, na Arábia Saudita.

É também o local mais sagrado do Judaísmo, sendo conhecido por Monte do Templo pelos judeus por a Esplanada das Mesquitas ter sido edificada sobre as ruínas do Templo de Salomão, de que restou o Muro das Lamentações.

A violência ocorreu quando os muçulmanos chegaram a meio do mês sagrado do Ramadão e os judeus celebram a Páscoa, num clima particularmente tenso entre israelitas e palestinianos desde o início do ano.

O Hezbollah, inimigo de Israel, tem boas relações com o movimento palestiniano Hamas, no poder em Gaza, e com a Jihad Islâmica Palestiniana.

O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, recebeu representantes dos dois grupos palestinianos em março.

O último grande confronto entre Israel e o Hezbollah, em 2006, deixou mais de 1.200 mortos no lado libanês, maioritariamente civis, e 160 no lado israelita, na sua maioria soldados, segundo a TV britânica BBC.

O Hezbollah, ou Partido de Deus, é uma organização política, militar e social islamista xiita que exerce um poder considerável no Líbano, ainda de acordo com a BBC.

No dia dos incidentes na Esplanada das Mesquitas, vários foguetes foram disparados da Faixa de Gaza, sob domínio do Hamas, contra Israel, cujas forças ripostaram, sem relatos de baixas ou danos.

A Liga Árabe, com sede no Cairo, convocou uma reunião extraordinária para discutir os incidentes na Esplanada das Mesquitas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se "chocado e horrorizado" com as imagens de violência das forças israelitas na Mesquita Al-Aqsa, disse o seu porta-voz na quarta-feira.

O porta-voz destacou que os incidentes ocorreram num momento "sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, que deve ser um momento de paz e não de violência".

"Os locais de culto devem ser usados apenas para práticas religiosas pacíficas", acrescentou.

Leia Também: Turquia acusa Israel de cruzar "linha vermelha" após violência

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas