O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, descartou, esta quinta-feira, a possibilidade de a China mediar o conflito na Ucrânia, no mesmo dia em que o presidente francês Emmanuel Macron se encontrou com o seu homólogo chinês e disse acreditar que o país "pode levar a Rússia à razão".
"Claro, a China tem um potencial formidável e eficaz em termos de serviços de mediação", referiu Peskov, citado pela agência France Press.
Na ótica do porta-voz do Kremlin, a Rússia não tem escolha senão continuar a sua ofensiva. "A situação na Ucrânia é complexa e, neste momento, não há perspectiva de solução política. Não temos outra solução senão continuar com a operação especial", sublinhou.
Recorde-se que antes das declarações de Peskov, o presidente francês, Emmanuel Macron encontrou-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, em Pequim, e demonstrou a convicção de que pode contar com a China para trazer a Rússia de volta à razão e trazer o mundo inteiro à mesa de negociações.
"Sei que podemos contar com a China para trazer a Rússia de volta à razão", referiu Macron, perante Xi. O presidente francês referiu ainda que a guerra "deu um golpe na estabilidade [internacional] e pôs fim a décadas de paz na Ucrânia".
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