"Hoje, foi publicado o decreto de formação do gabinete do Kuwait chefiado pelo primeiro-ministro, Ahmed Nawaf al Sabah", publicou a agência oficial de notícias do Kuwait, KUNA, juntamente com a lista dos 14 membros que compõem o executivo.
Segundo esta mesma fonte, Talal Khaled al Ahmad al Sabah foi nomeado ministro interino do Interior e ministro da Defesa, Khaled Ali Mohamed al Fadhel como ministro de Estado e Badr Hamed al Mulla como titular da pasta do Petróleo.
O decreto publica o resto dos titulares designados para os diferentes ministérios nesta quarta tentativa de Ahmed Nawaf al Sabah de formar um governo desde que foi nomeado primeiro-ministro em junho de 2022 pelo seu pai, o emir do Kuwait, Nawaf al Ahmad al Sabah.
Em junho de 2022, o emir dissolveu o Parlamento por decreto devido à paralisação política provocada por desavenças e acusações recíprocas entre deputados e membros do Governo, que levaram, em maio de 2022, à demissão em bloco do executivo.
Em julho daquele ano, o emir do Kuwait nomeou o seu filho como primeiro-ministro para formar um novo governo enquanto novas eleições parlamentares eram realizadas.
Após as eleições realizadas em setembro, o primeiro-ministro e a sua equipa demitiram-se novamente, apenas para serem reintegrados no cargo, como é o protocolo habitual sempre que assume um novo Parlamento.
Em janeiro deste ano, o governo renunciou totalmente e foi reintegrado novamente.
A 19 de março, o Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade do processo eleitoral e decretou que só era válido o Parlamento que existia antes da dissolução, o que por sua vez provocou a nulidade do Governo.
Em todas essas ocasiões, o filho do emir foi o primeiro-ministro escolhido pelo monarca.
O Kuwait, governado desde a sua independência, em 1961, pela família real Al Sabah, é a única entre as monarquias árabes do Golfo Pérsico que tem um Parlamento eleito democraticamente, sendo conhecido pelas suas tensões entre o executivo e o legislativo.
Desde a independência, o país já teve mais de 40 governos devido a confrontos e acusações mútuas de impasse político entre o o poder e o parlamento, dominado pela oposição, a que se junta o estado de saúde precário do emir, de 84 anos.
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