"Sério aviso". China simula bombardeamentos contra Taiwan
A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.
© Getty Images
Mundo Taiwan
A operação, denominada 'Joint Sword', foi denunciada por Taiwan e os Estados Unidos pediram "contenção" a Pequim, garantindo que mantiveram os seus canais de comunicação com a China "abertos".
Numa entrevista realizada antes das manobras e publicada no domingo, o Presidente francês Emmanuel Macron sublinhou a necessidade de não "entrar numa lógica bloco a bloco".
A Europa não deve "ser seguidora" dos Estados Unidos ou da China em Taiwan, disse Macron ao diário económico francês Les Echos.
As manobras chinesas foram lançadas após uma reunião, na quarta-feira, na Califórnia, entre a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.
Elas visam medir a capacidade da China em "assumir o controlo do mar, espaço aéreo e informação (...) a fim de criarem dissuasão e cerco total" de Taiwan, disse a televisão estatal chinesa no sábado.
Hoje, o Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado onze navios de guerra chineses e 70 aeronaves ao redor da ilha, uma armada semelhante à registada no sábado.
O ministério disse ainda que estava a responder aos exercícios chineses "de forma calma e composta", acrescentando que os aviões de guerra detetados até às 16:00 horas locais (08:00 GMT) eram aviões de combate e bombardeiros.
O exército chinês anunciou no sábado dois dias de manobras militares de "preparação para o combate" no estreito de Taiwan, na sequência da passagem da líder da ilha pelos Estados Unidos, afirmando ainda que na segunda-feira realizará exercícios com fogo real.
Em resposta a este anúncio, a líder da ilha, Tsai Ing-wen, afirmou que Taiwan está a enfrentar o "expansionismo autoritário" da China.
Entretanto, os Estados Unidos advertiram que qualquer ação unilateral da China sobre Taiwan representaria um perigo para a estabilidade global e instaram a China a mostrar "moderação" nos exercícios militares.
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