O diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA), William Burns, alertou, na terça-feira, para o risco de a Rússia se tornar uma “colónia económica” da China devido ao isolamento do Ocidente, causado pela invasão da Ucrânia.
“A Rússia está a tornar-se cada vez mais dependente da China e, em alguns aspetos, corre o risco de se tornar uma colónia económica da China ao longo do tempo, dependente para a exportação de recursos energéticos e matérias-primas”, disse o responsável num evento em Houston, citado pela agência de notícias Reuters.
Sublinhe-se que Pequim afirma ser neutro em relação ao conflito na Ucrânia, mas mantém uma relação “sem limites” com Moscovo e recusou-se a criticar a invasão. Antes criticou as sanções à Rússia e culpou a aliança transatlântica NATO pela guerra.
Em fevereiro, criou um plano de paz para o conflito, onde destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países” e apelou ao fim da “mentalidade da Guerra Fria”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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