"Bestas". As reações à decapitação de um prisioneiro de guerra ucraniano
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra tropas russas a decapitar um prisioneiro de guerra ucraniano. Pela Ucrânia, surgiram já várias reações, entre as quais do presidente Zelensky e do ministro dos Negócios Estrangeiros, que acusou a Rússia de ser "pior do que o Estado Islâmico".
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
Um prisioneiro de guerra ucraniano foi alegadamente decapitado vivo pelas forças russas. O crime terá sido divulgado nas redes sociais, desconhecendo-se, até ao momento, informações sobre onde ocorreu a execução e a identidade da vítima e dos alegados agressores. No entanto, são já várias as figuras ucranianas que condenaram o crime.
Numa publicação no site da Presidência da Ucrânia, o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que “há algo que ninguém no mundo pode ignorar: a facilidade com que estas bestas matam”, referindo-se às tropas russas.
Para Zelensky, o vídeo da execução do prisioneiro de guerra “mostra a Rússia tal como ela é”. “Não há pessoas para eles [russos]. Um filho, um irmão, um marido… O filho de alguém”, lamentou.
Os líderes mundiais devem “reagir” ao crime e “não esperar que seja esquecida”, porque, segundo garantiu, a Ucrânia “não vai esquecer nada” nem “perdoar os assassinos”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, referiu que “um vídeo horrível das tropas russas a decapitar um prisioneiro de guerra ucraniano está a circular online”, considerando que é “absurdo que a Rússia, que é pior do que o Estado Islâmico, presida ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU)”.
“Os terroristas russos devem ser expulsos da Ucrânia e da ONU e ser responsabilizados pelos seus crimes”, destacou na rede social Twitter.
Também no Twitter, o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak afirmou que “um soldado russo foi gravado a gostar de cortar a cabeça de um prisioneiro de guerra ucraniano”, o que “prova mais uma vez a sua natureza de besta” e “convence o mundo da sede de sangue da Federação Russa”.
“Talvez os ‘pacificadores’ que cinicamente sugerem ‘trocar terra pela paz’ sintam finalmente o verdadeiro sentido do mundo russo”, atirou.
Já o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, garantiu que “haverá uma resposta e responsabilização por tudo” e, à semelhança de Kuleba, defendeu que a “Rússia deve ser expulsa do Conselho de Segurança da ONU”.
“No mínimo, o Estado terrorista não deve presidir ao Conselho de Segurança, não deve gozar do direito de veto. É um absurdo”, afirmou.
Russia must be expelled from the UN Security Council.
— Andriy Yermak (@AndriyYermak) April 12, 2023
At the very least, the terrorist state must not chair the Security Council, it must not enjoy the veto right.
It's absurd.
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) já anunciou que vai investigar o caso para identificar os alegados agressores. Num comunicado, divulgado na plataforma Telegram, o SBU acrescentou que o crime terá ocorrido no verão passado.
“Ontem apareceu um vídeo numa rede dos ocupantes russos que demonstra a sua natureza de besta, em que um prisioneiro ucraniano é brutalmente torturado e sua cabeça cortada”, lê-se na nota.
"Vamos encontrar esses desumanos. Se necessário, iremos buscá-los onde quer que estejam: do subsolo ou do outro mundo. Mas eles definitivamente serão punidos pelo que fizeram”, garantiu o chefe do SBU, Vasyl Malyuk, citado no comunicado.
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