EUA impõem novas sanções a oligarca russo e a banco húngaro

O Departamento do Tesouro, o ministério das Finanças dos EUA, anunciou hoje novas sanções ao oligarca russo-uzbeque Alisher Usmanov e dirigidas à rede financeira de um dos mais ricos empresários da Rússia.

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Lusa
12/04/2023 17:26 ‧ 12/04/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Usmanov, que nasceu na então república soviética do Uzbequistão e considerado um aliado próximo do Presidente Vladimir Putin, tem sido alvo de sanções norte-americanas e da União Europeia (UE) anunciadas logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

O Departamento do Tesouro indicou que as novas medidas, coordenadas com sanções previamente anunciadas pelo Governo britânico, se destinam a reforçar as atuais penalizações e agravar as capacidades de importação de modernas tecnologias utilizadas na guerra contra a Ucrânia. A decisão envolve 25 indivíduos e 29 entidades em 20 jurisdições.

"Enquanto o Kremlin procura contornar as amplas e multilaterais sanções e controlos de exportação impostas à Rússia pela sua guerra na Ucrânia, os Estados Unidos e os nossos aliados e parceiros vão prosseguir na obstrução dos esquemas evasivos que apoiam Putin no campo de batalha", indicou numa declaração Brian Nelson, subsecretário para o terrorismo e inteligência financeira.

O comunicado acrescenta que a medida comprova a determinação dos EUA em cumprir os compromissos do G7, as sete principais potências industriais, em "impor custos severos a terceiros países que apoiem a guerra da Rússia".

Usmanov era já um dos alvos das sanções emitidas pela administração de Joe Biden e dirigidas a empresas russas e a pessoas próximas de Putin.

Para além dos indivíduos e entidades penalizados pelo Tesouro, o Departamento de Estado também designou 80 entidades e indivíduos relacionados com Usmanov, para além de outros milionários russos e medidas para que sejam evitadas as sanções.

O ministério das Finanças norte-americano também cita o International Investment Bank, uma instituição financeira controlada pela Rússia em Budapeste, Hungria.

Três atuais e antigos executivos deste banco -- os cidadãos russos Nikolay Nikolayevich e Georgy Nugzarovich Potapov, e ainda o húngaro Imre Laszloc -- foram designados para a aplicação de sanções.

Uma declaração do Tesouro indicou que o banco "permite à Rússia aumentar a sua atividade dos serviços de informações na Europa, abre a porta ao Kremlin para a sua influência em atividades malignas na Europa central e nos Balcãs ocidentais e pode servir como um mecanismo para a corrupção e finanças ilícitas, incluindo a violação de sanções".

Previamente, a Alemanha tinha já apreendido o luxuoso iate de Usmanov, batizado Dilbar, o nome de sua mãe.

O Governo britânico já tinha anunciado hoje o reforço das sanções a assessores financeiros, familiares e aliados que ajudaram a ocultar ou movimentar ativos financeiros de oligarcas russos como Roman Abramovich e Alisher Usmanov.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, esta medida pretende penalizar pessoas que ajudaram os oligarcas a evitar as sanções sobre capital e bens imobiliários através de redes de empresas complexas sediadas em paraísos fiscais.

Esta nova ronda de sanções inclui Demetris Ioannides e Christodoulos Vassiliades, dois cipriotas que assessoraram Abramovich e Usmanov e também familiares de outros oligarcas que assumiram a propriedade de participações em empresas e outros bens no estrangeiro para evitar as sanções.

Leia Também: Governo britânico alarga sanções a assessores e familiares de oligarcas

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