Uma nota oficial do Governo brasileiro indica que "o encontro entre os dois chefes de Estado marcará a segunda visita oficial do Presidente Lula [da Silva] ao país, onde esteve em dezembro de 2003, em seu primeiro mandato presidencial".
Os dois líderes discutirão a agenda bilateral e abordarão questões de comércio, investimento, transição energética, alterações climáticas e segurança global, bem como "o papel do Brasil e dos EAU no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como membros não permanentes", de acordo com a mesma nota.
Luiz Inácio Lula da Silva deverá aterrar em Abu Dhabi às 14:45 locais (10:45 em Lisboa) e, de acordo com a sua agenda, irá encontrar-se com o emir de Abu Dhabi e Presidente dos EAU às 18:05 locais numa breve reunião de apenas 40 minutos, uma vez que, de acordo com a sua agenda oficial, irá assistir ainda ao 'iftar' (quebra do jejum no mês do Ramadão) oferecido por Bin Zayed, que durará duas horas.
Posteriormente, deverá comparecer perante os meios de comunicação social para avaliar a reunião.
Entre os principais tópicos de interesse de Lula da Silva está tudo relacionado com as alterações climáticas, como demonstrou com a sua primeira viagem internacional à cidade egípcia de Sharm el Sheikh para participar na Conferência sobre Alterações Climáticas (COP27), quando tinha acabado de ser eleito Presidente do Brasil, embora ainda não tivesse tomado posse.
De facto, nesse evento, Lula da Silva propôs a realização da COP30, prevista para 2025, na Amazónia, com o objetivo de mostrar ao mundo esta importante reserva de biodiversidade.
O emirado do Dubai acolherá a COP28 de 30 de novembro a 12 de dezembro deste ano.
Em referência à relação comercial entre os dois Estados, em 2022, os EAU eram o principal destino das exportações brasileiras entre os países árabes. Nesse ano, o Brasil exportou cerca de três mil milhões de euros para os Emirados Árabes Unidos, o que representa 1% do total das exportações mundiais do país sul-americano.
Lula da Silva chegará ao país do Golfo oriundo da capital chinesa, Pequim, onde se encontrou com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, bem como com o primeiro-ministro, Li Qiang, e o presidente do Congresso Nacional do Povo (NPC), Zhao Leji.
Durante a sua visita ao gigante asiático, assinou cerca de 20 acordos para reforçar os laços nas áreas do comércio, protocolos fitossanitários, tecnologia, desenvolvimento, transição energética e outras áreas de colaboração no quadro da parceria estratégica bilateral.
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