O satélite passou "ao largo da costa norte de Taiwan" e os destroços do foguetão caíram na zona de alerta, disse a fonte citada pela agência francesa AFP.
Os destroços do foguetão não afetaram a "segurança interna do território" de Taiwan, acrescentou o ministério.
Os meios de comunicação estatais chineses confirmaram o lançamento de um "novo satélite meteorológico" a partir de um centro espacial no norte da China às 09:36 locais de hoje (02:36 em Lisboa).
A zona de exclusão marítima, localizada a cerca de 160 quilómetros de Taipé, foi fechada à navegação entre as 09:00 (02:00) e as 15:00 (08:00) de hoje.
A medida foi decretada pelas autoridades marítimas de Fujian, a província chinesa em frente a Taiwan, devido à "possível queda de destroços de foguetões".
O lançamento também causou atrasos nos voos de Taiwan para o Japão, situado a norte da ilha, segundo a agência norte-americana AP.
A China tinha declarado uma suspensão de 27 minutos nos voos sobre um troço do Mar da China Oriental por causa do lançamento do foguetão.
Imagens transmitidas pela emissora estatal chinesa CCTV mostraram um foguetão branco a descolar do centro de lançamento de Jiuquan, perto da fronteira da Mongólia, na província de Gansu.
O satélite "fornecerá serviços de previsão meteorológica, prevenção e mitigação de catástrofes, resposta às alterações climáticas e conservação ecológica", disse a agência oficial chinesa Xinhua.
O Exército chinês realizou manobras militares em torno de Taiwan de 09 a 11 de abril, num contexto de tensões crescentes entre Pequim e Taipé.
A China está descontente com a aproximação entre as autoridades de Taiwan e os Estados Unidos, apesar da ausência de relações diplomáticas entre Taipé e Washington.
Os Estados Unidos são o principal aliado e fornecedor de armas de Taiwan.
Pequim considera Taiwan como uma província rebelde desde o fim da guerra civil chinesa em 1949, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do território da China.
A ilha, atualmente com 23 milhões de habitantes, vive autonomamente desde então, mas o regime comunista de Pequim reclama a sua soberania e ameaça tomá-la pela força se declarar a independência.
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