Dois ataques no Burkina Faso matam 42 soldados e auxiliares civis
Dez soldados e 32 auxiliares civis do Exército do Burkina Faso foram mortos no sábado e domingo em dois ataques no norte do país, que declarou uma "mobilização geral" contra a violência de grupos fundamentalistas islâmicos.
© Reuters
Mundo Burkina Faso
No sábado, um "destacamento militar e de Voluntários para a Defesa da Pátria [VDP, auxiliares civis do exército] foi alvo de um ataque por homens armados não identificados" por volta das 16h00 (17h00 em Lisboa), perto de Aorema, a cerca de 15 quilómetros de Ouahigouya, capital da região do Norte, de acordo com um comunicado das autoridades, divulgado no domingo.
O exército afirmou que "o número de mortos é de 40 combatentes" - "oito soldados e 32 VDP" - e acrescentou que "pelo menos 50 terroristas" foram "neutralizados" em "resposta", em particular por via aérea.
Na manhã de domingo, "outro ataque visou o destacamento militar de Kongoussi, na província de Bam, na região Centro-Norte, indicou a mesma fonte, relatando que "dois militares" foram mortos e "cerca de 20 terroristas neutralizados".
As autoridades afirmaram no comunicado que "33 feridos" do primeiro ataque encontravam-se "em condição estável" e "a serem tratados no hospital universitário regional de Ouahigouya". O exército escreveu ainda que "dois feridos" do segundo ataque também foram "retirados para tratamento".
De acordo com uma fonte de segurança contactada pela agência de notícias France-Presse, o destacamento que foi alvo do ataque de sábado garantia "a segurança do aeródromo de Ouahigouya, que foi visado".
"Os combates violentos tiveram lugar ontem [sábado] à noite" durante "quase duas horas", disse um residente da cidade.
O homem disse também que "vários ataques aéreos atingiram posições de suspeitos" de ligação a grupos fundamentalistas islâmicos, na sexta-feira.
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