Mulher admite que defraudou vítima do Holocausto em milhões de euros

Idoso de 87 anos perdeu casa e poupanças de uma vida, enquanto a mulher fazia uma vida de luxo.

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© U.S. Justice Department

Notícias ao Minuto
17/04/2023 18:17 ‧ 17/04/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Flórida

Uma mulher da Florida, nos Estados Unidos, declarou-se culpada de um esquema que permitiu defraudar uma vítima do Holocausto no valor de 2,8 milhões de dólares, mais de 2,5 milhões de euros.

"Damian Williams, procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova Iorque, anunciou que Peaches Stergo se declarou culpada hoje perante o juiz distrital dos Estados Unidos Edgardo Ramos em conexão com o seu esquema de anos para defraudar um sobrevivente do Holocausto de 87 anos", lê-se num comunicado divulgado na sexta-feira.

"Peaches Stergo roubou as economias de uma sobrevivente do Holocausto de 87 anos que estava apenas à procura de companhia. Essa conduta é doentia – e triste. Usando os milhões em receitas de fraude, Stergo viveu uma vida de luxo, comprando uma casa num condomínio fechado e um Corvette, tirando férias em hotéis como o Ritz Carlton e comprando milhares em roupas de luxo, ao mesmo tempo em que fazia a sua vítima idosa perder o seu apartamento. Graças ao trabalho árduo do FBI e deste escritório, Stergo está a ser responsabilizada", declarou o procurador dos Estados Unidos, Damian Williams.

Sublinhe-se que o esquema ocorreu desde pelo menos maio de 2017 até outubro de 2021. A mulher conheceu a vítima num site de encontros e, inicialmente, pediu ao homem, cuja identidade é desconhecida, para lhe passar um cheque sob o pretexto de que o dinheiro seria para pagar ao seu advogado.

Nos quatro anos e meio seguintes, a mulher continuou com suas mentiras, exigindo que a vítima "depositasse dinheiro nas suas contas bancárias".

"Ela alegou que, se ele não o fizesse, as suas contas seriam congeladas e ele nunca seria reembolsado. No total, a vítima emitiu 62 cheques - totalizando mais de 2,8 milhões de dólares", indica a nota.

A mulher, de 36 anos, utilizou o dinheiro para usufruir de uma vida luxuosa.

Stergo enfrenta agora uma pena máxima de 20 anos de prisão. A sentença foi marcada para 27 de julho.

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