"Há algumas horas, o embaixador da UE no Sudão foi atacado na sua residência", tweetou Borrell, sem precisar mais pormenores.
Considerando ter havido "uma violação flagrante" da Convenção de Viena, Borrell observou que as autoridades sudanesas tinham a responsabilidade de garantir a segurança das instalações diplomáticas e dos diplomatas no país.
A few hours ago, the EU Ambassador in #Sudan was assaulted in his own residency.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) April 17, 2023
This constitues a gross violation of the Vienna Convention. Security of diplomatic premises and staff is a primary responsibility of Sudanese authorities and an obligation under international law.
Apesar do incidente com o embaixador da UE, o irlandês Aidan O'Hara, a porta-voz dos serviços diplomáticos da UE, Nabila Massrali, garantiu que a delegação da UE não tinha sido evacuada e reiterou que a segurança do pessoal da delegação "é a prioridade".
No início do dia, Borrell tinha apelado a um cessar-fogo no Sudão "para permitir a mediação", acrescentando que a "UE está a trabalhar para persuadir ambos os lados da necessidade de uma pausa humanitária e para encorajar o diálogo".
Segundo as Nações Unidas, mais de 185 pessoas foram mortas e 1.800 feridas nos últimos três dias de combates violentos.
"A situação é muito fluida. É difícil avaliar em que direcção o equilíbrio está a mudar", disse Volker Perthes, chefe da missão da ONU no Sudão, de Cartum.
Há semanas que o conflito estava a ser preparado entre o chefe do exército, general Abdel Fattah al-Burhane, líder de facto do país, e o seu número dois, o general Mohamed Hamdane Daglo, conhecido como "Hemedti", chefe das Forças de Apoio Rápido (RSF), que juntos expulsaram os civis do poder no golpe de Outubro de 2021.
Leia Também: Sudão. Combates já provocaram pelo menos 185 mortos e 1.800 feridos