"Ao optar por ignorar a vontade do povo e, em vez disso, reforçar a repressão contra a população, Nicolás Maduro confirmou que não tem a legitimidade de um Presidente democraticamente eleito", afirmou o comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, num debate sobre a Venezuela no plenário do Parlamento Europeu.
A mesma fonte acrescentou que a vontade popular "deve ser respeitada" e que o compromisso europeu com a democracia "não permite o contrário".
"A União Europeia (UE)) mantém uma firme solidariedade para com o povo da Venezuela na sua corajosa luta para restaurar a democracia e reivindicar os seus direitos humanos", acrescentou.
Kubilius indicou que a 28 de julho de 2024, quando se realizaram as eleições presidenciais na Venezuela, "milhões de venezuelanos usaram pacificamente os seus votos para expressar a sua vontade de mudança democrática no seu país".
"De acordo com cópias públicas dos registos eleitorais, Edmundo González Urrutia (líder da maior coligação anti-Chávez) obteve uma grande maioria dos votos", argumentou.
Recordou que no passado dia 10, a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, assegurou que os 27 "continuará a trabalhar com todos os venezuelanos para promover o diálogo e uma solução democrática para a crise liderada pelos venezuelanos".
Kubilius alertou ainda hoje que a perseguição à "oposição democrática, aos defensores dos direitos humanos e aos membros da sociedade civil está a piorar" na Venezuela e que "as táticas de intimidação estenderam-se agora às suas famílias".
"Condenamos as detenções arbitrárias de pelo menos 2.500 cidadãos, incluindo vários cidadãos da UE. Todos os presos políticos devem ser libertados incondicionalmente", sublinhou o responsável, elogiando ainda a "coragem" de González Urrutia e da líder da oposição María Corina Machado.
"Vamos apoiar firmemente um diálogo liderado pela Venezuela em direção a uma transição política pacífica. É isso que milhões de venezuelanos que lutam pela democracia esperam de nós", referiu.
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