Antes, ao felicitar o 47º Presidente dos Estados Unidos, o líder russo também prometeu procurar uma "paz duradoura" com Kiev.
O magnata republicano, reeleito em 05 de novembro, e empossado esta segunda-feira, afirmou várias vezes que está a preparar uma cimeira com Vladimir Putin para "pôr fim" ao conflito, desencadeado pela invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
Ao regressar à Sala Oval para assinar uma série de ordens executivas, Donald Trump reafirmou que "tinha de falar com o Presidente Putin (...), que ficará muito feliz por pôr fim a esta guerra".
Pela primeira vez, no entanto, Trump pressionou claramente Putin a encontrar uma solução para a guerra, ao considerar que a Rússia estará a caminhar para o desastre se se recusar a negociar e a selar um cessar-fogo ou um acordo de paz com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Zelensky quer fazer um acordo. Não sei se Putin o quer, se calhar não quer. [Mas] devia. Acho que ele está a destruir a Rússia ao não encontrar um acordo", disse Donald Trump.
Presidente entre 2017 e 2021, Trump denunciou repetidamente ao longo da sua campanha para o regresso à Casa Branca as dezenas de milhares de milhões de dólares de ajuda militar e económica dadas a Kiev pela administração de Joe Biden.
"A Rússia está a caminhar para grandes problemas. Vejam a economia, vejam a inflação", disse o novo Presidente aos jornalistas na Sala Oval, salientando que Moscovo tinha previsto, em fevereiro de 2022, que "a guerra acabaria numa semana e já lá vão três anos".
"Eu dou-me muito bem com ele [Putin] e espero que ele queira chegar a um acordo", concluiu o antigo empresário, adepto da diplomacia transacional.
O Presidente russo, por seu lado, reiterou na segunda-feira que está "aberto ao diálogo com a nova Administração norte-americana sobre o conflito ucraniano".
"O objetivo não deve ser uma breve trégua (...) mas uma paz duradoura", insistiu.
Durante a campanha presidencial, Donald Trump prometeu acabar com o conflito na Ucrânia "em 24 horas" e apelou a um "cessar-fogo imediato" e a conversações. Mais tarde, admitiu que o processo poderá demorar meses.
O Kremlin continua a exigir oficialmente que a Ucrânia se renda, que renuncie à adesão à NATO e que a Rússia mantenha os territórios que afirma ter anexado no leste da Ucrânia.
Quanto ao presidente ucraniano, Zelensky felicitou igualmente Donald Trump na rede social X, cuja "política de paz pela força (...) oferece uma oportunidade de reforçar a liderança norte--americana e de alcançar uma paz justa e duradoura, a prioridade absoluta".
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