Uma equipa de investigação espanhola descobriu a presença de superbactérias em 40% das amostras de carne vendidas em supermercados em Espanha.
O estudo foi levado a cabo em 2020, mas os resultados foram apresentados esta semana no âmbito do Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, que termina esta terça-feira, em Copenhaga, na Dinamarca.
De acordo com a imprensa espanhola, uma das responsáveis pelo estudo, Azucena Mora, contextualizou estas percentagens, apontando que há um progressivo aumento de superbactérias, "que estão em todo o lado". Foram analisados 100 produtos, entre os quais carne de peru, frango, porco e vaca - 25 amostras de cada espécie.
Os resultados indicaram que 40 dos 100 (40%) dos produtos continham vestígios de E. coli, que poderia dar resistência a antibióticos betalactâmicos, como penicilina ou cefalosporinas.
Os resultados do estudo indicam que a maioria (73%) destes produtos tinham quantidades de E. coli que estavam dentro dos limites de segurança alimentar. Das amostras positivas nas quais foi detectada E. coli, a carne de peru foi onde se encontrou uma maior percentagem desta bactéria (68%), seguida da de frango (56%), vaca (16%) e de porco (12%).
Segundo os investigadores, estas diferenças podem estra relacionadas como as diferentes espécies são não só produzidas como abatidas.
Segundo a principal investigadora lembrou, as chamadas superbactérias requerem um combate ao longo do tempo. Azucena Mora explica que, tendo em conta os resultados, se torna claro que é necessário existir uma maior monitorização de segurança alimentar. Outra das coisas que a responsável refere é que estes resultados podiam ser mais positivos, se o tema da segurança alimentar fosse abordado no ensino, nomeadamente, o primário, podendo esta questão ser o ponto de partida para "a transformação da população infantil".
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