Coreia do Sul disponível para 'armar' a Ucrânia (pela primeira vez)
Em entrevista, o chefe de Estado da Coreia do Sul mostrou-se, pela primeira vez desde o início do conflito, disponível para disponibilizar apoio militar a Kyiv.
© REUTERS
Mundo Guerra na Ucrânia
A Coreia do Sul está disponível para estender o apoio prestado à Ucrânia para além de questões financeiras e humanitárias se o país for alvo de um ataque civil em grande escala, segundo confirmou o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, reporta a Reuters.
Em entrevista, o chefe de Estado da Coreia do Sul mostrou-se, pela primeira vez desde o início do conflito, disponível para 'armar' Kyiv.
"Se existe uma situação que a comunidade internacional não pode tolerar, como qualquer ataque em grande escala contra civis, massacre ou violação grave das leis da guerra, pode ser difícil, para nós, insistir apenas no apoio humanitário ou financeiro", afirmou Yoon Suk Yeol.
Apesar de ser um forte aliado dos Estados Unidos e um grande produtor de munições de artilharia, a Coreia do Sul tem, até agora, evitado antagonizar a Rússia, devido às suas empresas a operar no país e à influência de Moscovo sobre a Coreia do Norte.
"Acredito que não haverá limitações à extensão do apoio para defender e restaurar um país que tenha sido ilegalmente invadido, tanto ao abrigo do direito internacional, como nacional", considerou, desta feita, Yoon, acrescentando: "Contudo, considerando a nossa relação com as partes envolvidas na guerra e os desenvolvimentos no campo de batalha, tomaremos as medidas mais apropriadas".
Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
As infraestruturas energéticas ucranianas têm sido um dos principais alvos dos ataques comandados pelo Kremlin, alegadamente com o intuito de dificultar os esforços de defesa de Kyiv - e, também, de 'quebrar' a determinação do povo nacional.
Até agora, cerca de 8.500 civis já morreram, ao passo que mais de 14 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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