"Conseguimos contactar estas 60 pessoas, mas encontram-se numa situação difícil devido à falta de alimentos e água, bem como aos frequentes cortes de energia e ao agravamento da situação, pelo que o Governo está a ajudar o mais possível", disse o porta-voz do Governo nipónico Hirokazu Matsuno numa conferência de imprensa.
A resposta do Governo surge um dia depois de os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 condenarem veementemente os combates no Sudão e apelarem a um cessar-fogo e a um regresso ao diálogo para "restaurar a transição democrática".
"Instamos as partes a cessar as hostilidades imediatamente e sem condições prévias. Exortamo-las a renunciar à violência, a regressar às negociações e a tomar medidas ativas para reduzir as tensões", pode ler-se na declaração conjunta adotada na terça-feira no final da reunião na cidade japonesa de Karuizawa.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos salientaram a proteção dos civis na região, incluindo o pessoal diplomático e humanitário.
Pelo menos 270 pessoas foram mortas e mais de duas mil ficaram feridas em confrontos entre o exército e os paramilitares no Sudão que começaram durante o fim de semana em Cartum e outras cidades sudanesas, disse na terça-feira o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Os confrontos, que tiveram início a 15 de abril entre o exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), acontecem após semanas de tensões sobre a reforma das forças de segurança durante as negociações para formar um novo Governo de transição.
As duas forças militares foram corresponsáveis pelo derrube do Governo de transição do Sudão num golpe de Estado em outubro de 2021.
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