De acordo com um decreto publicado na terça-feira à noite, não podem ser vendidos em território húngaro, além dos cereais e produtos oleaginosos, farinha, mel, vinho, pão, carne e legumes provenientes de Kiev.
O decreto que vai ser publicado hoje entra em vigor no próximo dia 30 de junho.
O Governo do primeiro-ministro nacionalista Viktor Orbán decidiu no passado sábado banir os cereais ucranianos.
Esta decisão já foi considerada inaceitável pela Comissão Europeia.
Sobre os cereais ucranianos, a Eslováquia adotou uma medida semelhante e a Bulgária deve tomar a mesma decisão.
A Polónia tinha inicialmente proibido a circulação de mercadorias, mas na terça-feira chegou a um acordo com a Ucrânia para retomar as importações nos próximos dias.
A União Europeia suspendeu em maio de 2022, pelo período de um ano, as taxas alfandegárias sobre todos os produtos importados da Ucrânia, organizando medidas de exportação para os cereais armazenados, após o encerramento das via marítimas pelo Mar Negro imposto pelas forças russas após a invasão militar.
Em vez das operações de trânsito de cereais, os Estados europeus vizinhos viram o milho, o trigo ou o girassol da Ucrânia a acumular-se devido a problemas logísticos, o que provocou uma queda dos preços dos produtos locais.
"Na verdade, uma quantidade significativa dos produtos não chega a países terceiros, mas é vendida a preços baixos dentro da União Europeia", refere o decreto húngaro, considerando que "esta vantagem competitiva (...) causa graves perturbações no mercado interno".
Neste momento, a Hungria ainda permite o trânsito de cereais ucranianos, mas vão ser postos em prática procedimentos "muito rigorosos" nos postos fronteiriços para assegurar o controlo no futuro.
Em caso de infrações, podem vir a ser aplicadas multas até ao valor da totalidade da remessa.
Leia Também: Hungria proíbe importação de produtos agrícolas da Ucrânia até junho