Scholz elogia liderança "progressista" de Costa e mudança em Portugal
O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, elogiou hoje a liderança política "progressista" do secretário-geral do PS, António Costa, em Portugal e os resultados da economia portuguesa, defendendo que se assiste atualmente a uma mudança das marés.
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Mundo Diplomacia
Olaf Scholz foi um dos oradores do jantar comemorativo do 50.º aniversário do PS, no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, no qual esteve presente na qualidade de dirigente dos sociais-democratas alemães, SPD - um partido que foi determinante em termos de apoio para a fundação do PS em 19 de Abril de 1973 em Bad Munstereifel, nos arredores de Bona.
O chanceler germânico começou por elogiar a reação de António Costa quando obteve maioria absoluta nas eleições legislativas antecipadas de janeiro de 2022.
"Disse que uma maioria absoluta não é sinónimo de poder absoluto. Que exemplo de liderança democrática", comentou, antes de se referir ao primeiro líder do socialistas portugueses, Mário Soares, e ao antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Jaime Gama.
"Acreditavam naquilo que Portugal é atualmente sob a liderança de António Costa. Estamos a assistir a uma mudança das marés. O mundo do século XXI será indubitavelmente multipolar, com novos poderes a emergirem ou reemergirem e, ao mesmo tempo, com uma transformação para um mundo digital e climaticamente neutro. Nada devemos temer se estivermos dispostos a abraçar o futuro", sustentou Olaf Scholz.
A seguir, o chanceler alemão elogiou os resultados económicos alcançados por Portugal ao longo dos últimos anos, dizendo que são uma consequência "de uma liderança política progressista".
"Uma liderança de um país que abraça o futuro, que não vê a mudança como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade para melhorar o estado das coisas e para crescer. Esta premissa, de que o futuro está em aberto e que podemos contribuir para a sua melhoria, é o que nos une como sociais-democratas na Europa e no mundo", acrescentou.
No seu discurso, tal como tinha acontecido horas antes na conferência de imprensa que deu em São Bento, o primeiro-ministro da Alemanha condenou a intervenção militar russa na Ucrânia.
Desta vez, no entanto, fez também um elogiou à ação do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
"Devemos a António Guterres e ao seu empenho o levantamento inicial do bloqueio às exportações da Ucrânia", assinalou.
Terminou citando o líder histórico dos sociais-democratas alemães, Willy Brandt: "É nosso dever passar do egoísmo nacional para uma política europeia interna e global que atente na responsabilidade de assegurar que todas as pessoas, onde quer que esteja, tenham uma existência humana e digna",
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