O acordo vai ser validado "provavelmente no final de maio" pelo Conselho de Administração do FMI, segundo o documento.
"Esses acordos devem ajudar a reduzir os riscos e apoiar os esforços do Kosovo para fortalecer a sua estabilidade macroeconómica e apoiar um crescimento mais verde", afirmou o chefe da missão do país, Gabriel Di Bella, citado no comunicado
Estes empréstimos do FMI pretendem ajudar os Estados a financiar a transição energética e a preparem-se para enfrentar as consequências do aquecimento global.
A ajuda ao Kosovo vai ser prestada através de dois instrumentos do FMI, o 'standby agreement' SBA, com uma linha de crédito de 100 milhões de euros, e o Mecanismo de Sustentabilidade e Resiliência (RSF), com 78 milhões de euros de empréstimos de longo prazo e com período de carência de vários anos.
O pequeno país dos Balcãs viu o seu crescimento atingir os 3,5% em 2022 com uma inflação superior a 11%, superior à média europeia, tal como a maioria dos países da Europa Central e de Leste.
O Kosovo continua a enfrentar tensões recorrentes desde novembro, no norte do país, onde vive a maior parte da minoria nacional sérvia, que continua a recusar lealdade a Pristina, com o incentivo da vizinha Sérvia.
A Sérvia ainda não reconheceu a independência proclamada em 2008 pela sua ex-província, dez anos depois da guerra entre os kosovares, principalmente muçulmanos e de origem albanesa, e o governo de Belgrado.
A independência do Kosovo ainda não é reconhecida por mais de 80 países, incluindo vários Estados-Membros da União Europeia, como Espanha, Grécia ou Roménia.
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