Lavrov encontrou-se com o homólogo cubano, Bruno Rodríguez, dando início à visita que contou com a participação numa cerimónia de colocação de coroas de flores num memorial em Havana ao herói da independência cubana José Martí.
Na visita à nação insular, que durante décadas foi um fiel aliado de Moscovo, Lavrov condenou as sanções económicas norte-americanas a Cuba e criticou os EUA por tentar impor "a sua vontade ao mundo", segundo divulgou o portal noticioso estatal CubaDebate.
Rodríguez, por sua vez, condenou o que apelidou como "aspirações expansionistas" da NATO e as sanções impostas à Rússia, noticiou a agência Associated Press (AP).
Esperava-se que Lavrov se reunisse ainda hoje com o recém-reeleito Presidente Miguel Díaz-Canel.
Cuba mantém uma extensa relação com Moscovo desde a década de 1960, quando ingressou no bloco de países socialistas liderado pela então União Soviética, recebendo muitas importações fundamentais, como fertilizantes, equipamentos industriais, peças de reposição e, principalmente, petróleo, em troca de açúcar.
A Rússia, juntamente com a Venezuela, é um dos poucos fornecedores de petróleo de Cuba, enviando uma quantidade indeterminada para a ilha, que passa por uma grave crise energética.
Além disso, há duas semanas, os bancos cubanos começaram a aceitar pagamentos com cartões MIR, um sistema de pagamento na Rússia que permite aos turistas russos fazer levantamentos em dinheiro e converter rublos em pesos cubanos.
Os cartões MIR são aceites em outros países parceiros da Rússia, incluindo a Turquia e o Vietname, e são operados pelo Sistema Nacional de Pagamentos com Cartões da Rússia.
A viagem de Lavrov pela América Latina envolveu também paragens no Brasil, Nicarágua e Venezuela.
Leia Também: Lavrov na Nicarágua para discutir relações bilaterais com Daniel Ortega