São alvo das sanções dois investigadores e uma juíza russa, "envolvidos na prisão de Vladimir Kara-Murza", segundo um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.
Além de Denis Kolesnikov, Andrei Zadatchine e Elena Lenskaia, dois agentes dos serviços de segurança russos, Alexandre Samofal e Konstantin Koudriavtsev, "ligados aos envenenamentos de 2015 e 2017" também foram sancionados, acrescenta-se no documento.
Os cinco foram sujeitos a proibições de viagem e os seus bens foram congelados.
"O Reino Unido continuará a apoiar Kara-Murza e a sua família", garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, pedindo à Rússia que o "liberte imediata e incondicionalmente".
"O tratamento e a condenação de Vladimir Kara-Murza pela Rússia mais uma vez demonstram o seu profundo desprezo pelos direitos humanos básicos", condenou o ministro.
O Reino Unido já tinha sancionado o juiz que presidiu ao julgamento, Sergei Podoprigorov, e o chefe do centro de detenção onde Kara-Murza se encontra, Dmitri Komnov.
Na segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, denunciou a "escandalosamente severa decisão de justiça" aplicada a Kara-Murza, denunciando um "processo político".
Após um julgamento à porta fechada, um tribunal de Moscovo considerou Kara-Murza culpado de "alta traição", de espalhar "informações falsas" sobre o exército russo e trabalho ilegal para uma "organização indesejável".
O opositor foi condenado a uma pena cumulativa de 25 anos numa colónia penal, que implica condições de prisão mais rígidas.
Leia Também: PE exige libertação dos opositores russos Kara-Murza e Alexei Navalny