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Kyiv acredita que pode vencer guerra da tecnologia contra Moscovo

As forças ucranianas e russas travam combates convencionais nas linhas da frente, mas a primeira grande guerra da era da Internet na Europa também desencadeou uma batalha tecnológica, que Kyiv acredita que pode vencer.

Kyiv acredita que pode vencer guerra da tecnologia contra Moscovo
Notícias ao Minuto

21:17 - 21/04/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Embora os dois lados em conflito tenham mantido o ritmo um do outro até agora, quer nos ataques com 'drones' quer nas comunicações via satélite, o ministro da Transformação Digital da Ucrânia da Ucrânia sublinhou hoje, em entrevista à agência Associated Press (AP), que está confiante de que o seu país tem a motivação e habilidade para inovar mais que a Rússia.

Mykhailo Fedorov sublinhou que veículos aéreos não tripulados (drones), guerra eletrónica, comunicações por satélite e outras tecnologias têm sido uma parte fundamental da guerra com a Rússia, que começou há mais de um ano.

"As tecnologias permitem que a artilharia tradicional e moderna seja mais precisa e ajudam a salvar a vida dos nossos soldados", vincou.

"Quando temos olhos sobre nós próprios, podemos tomar decisões mais eficazes sobre a gestão das nossas tropas", acrescentou.

O ministro ucraniano reconheceu que a Rússia também está ciente da importância da tecnologia no campo de batalha e está a desenvolver e melhorar ativamente a sua própria.

"Todos os dias há novos 'drones' no campo de batalha do nosso lado e do lado da Rússia. Nós vemos que tipos de 'drones' eles têm. Capturamos, desmontamos e estudamos", destacou Fedorov.

O ministro da Transformação Digital divulgou também que o seu Governo está a planear novos projetos de tecnologia para incentivar mais competição e inovação.

"Nesta guerra tecnológica, com certeza venceremos", garantiu.

Nas últimas semanas, a expectativa de uma possível contraofensiva ucraniana nesta primavera aumentou.

Fedorov realçou que é impossível imaginar qualquer operação eficiente sem tecnologias no campo de batalha.

A Ucrânia não monta uma grande operação para libertar territórios ocupados desde que retomou a cidade de Kherson e parte da província vizinha em novembro passado. No entanto, a frequência de ataques de 'drones' relatados na Rússia aumentou.

Nos últimos meses, uma série de ataques com 'drones' atingiu áreas no sul e no oeste da Rússia, refletindo o crescente alcance das Forças Armadas ucranianas.

Após cada ataque, as autoridades russas culparam a Ucrânia, mas as autoridades ucranianas não chegaram a assumir abertamente a responsabilidade. Em vez disso, enfatizaram o direito de atingir qualquer alvo em resposta à agressão russa.

Fedorov frisou que o efeito da guerra de 'drones' da Ucrânia pode ser visto nas ações de Moscovo, referindo que a Rússia começou agora a mover equipamentos blindados para mais longe da linha de frente.

Já sobre a batalha pela cidade de Bakhmut, a mais longa da guerra até agora, Fedorov apontou que o "uso de tecnologias é inestimável em tais situações".

"Quando temos recursos de artilharia, armas, munições e 'drones' de ataque limitados, precisamos de ser o mais precisos possível", analisou.

Por outro lado, a entrega da ajuda prometida pelos aliados continua "crítica", alertou o ministro responsável pelas tecnologias.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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